Sem dúvidas, essa semana foi muito relevante para as mulheres de todo o país, uma vez que, ocorreram uma sequência de fatos que corroboraram ainda mais com o avanço das lutas políticas das mulheres brasileiras por maior participação nos vários espaços de relevância política e consequentemente na busca por políticas públicas direcionada ao gênero.
Na ultima terça feira (20/09), após 99 anos de história, a Universidade Federal Rural de Pernambuco (URPE) elegeu a primeira reitora, Maria José de Sena foi eleita por uma quantidade expressiva de votos, tanto dos estudantes, quanto dos professores e funcionários da instituição. Um dia após esse fato, o Brasil foi expectador da vitória da deputada pernambucana, Ana Arraes na eleição para o Tribunal de Contas da União, assim, pela primeira vez na história política brasileira, uma mulher será ministra do TCU. O interessante é que nesse mesma semana, a presidenta Dilma Roussef foi a primeira mulher a abrir uma reunião da Organização das Nações Unidas.
Diante desse quadro, podemos então avaliar que os avanços das mulheres nos espaços políticos vem se concretizando cada vez mais e consequentemente, as mulheres estão acumulando mais força para garantir políticas públicas voltadas para o fim de uma série de problemáticas que as mulheres brasileiras estão vulneráveis há vários séculos no país.
Esse fortalecimento e participação ativa da mulher nos espaços públicos do Brasil é de grande relevância para construirmos uma nação, cada vez mais, democrática e plural. Como sabemos, o histórico de exclusão social das mulheres no Brasil é grande e ainda permanece em vários setores. A violência e a discriminação ainda são mazelas que paíram sobre a vida das várias mulheres brasileiras em todas as regiões.
Contudo, para que as mudanças sociais ocorram, tanto na estrutura, quanto na cultura política do país é necessário apoiarmos cada vez mais, a presença das mulheres brasileiras nos espaços de intervenções políticas e de comando, uma vez que, somente dessa forma é que as políticas públicas serão construídas, em detrimento do conservadorismo e preconceito.
Não precisamos fazer uma viagem longa no tempo para avaliarmos que as mulheres não tinham poder de escolha/decisão em nada nas suas vidas, nem o marido podiam escolher, limitando-se a serem escolhidas e até a serem passadas para outro se o marido assim o entendesse. As suas obrigações eram venerar o marido, educar e criar os filhos, cuidar da casa e manter-se submissa ao seu marido.
No entanto, é somente por meio de muita organização, mobilização e participação das mulheres nos diversos espaços políticos, que o debate sobre o gênero poderá tomar novas proporções, garantindo assim, novos direitos civis para as mulheres e uma transformação em nossa cultura política patriarcalista.
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