Zine Pasárgada
foi um Fanzine cultural e educacional que se propôs divulgar os mais diversos tipos de expressões artísticas e os mais variados assuntos.

O jornal Pasárgada teve 3 edições impressas e distribuídas na cidade de Piracicaba/SP e está guardado, junto com outras idéias, no limbo da falta de tempo e dinheiro.

O blog retomou a proposta do Zine e abriu espaço para diversidade de idéias e de expressões.

Hoje o blog acompanha o jornal e as atividades estão encerradas.

Foi uma grande satisfação ser um dos amigos do Rei.

Fábio

terça-feira, 27 de março de 2012

Venha se Manifestar Contra a Privataria da Cultura!


Ato acontece no dia 3 de abril, terça-feira, no Sindicato dos Engenheiros de São Paulo. Entidades denunciam desmonte geral da rádio e TV Cultura, defendem retomada de programas extintos, democratização do Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta, pluralismo, diversidade na programação e uma política transparente e democrática para abertura à programação independente.


As rádios e a TV Cultura de São Paulo se consolidaram historicamente como uma alternativa aos meios de comunicação privados. As rádios AM e FM ficaram conhecidas pela excelente programação de música popular brasileira e de música clássica. A televisão criou alguns dos principais programas de debates de temas nacionais, como o Roda Viva e o Opinião Nacional, e constituiu núcleos de referência na produção de programas infantis e na de musicais, como o Ensaio e o Viola, Minha Viola. As emissoras tornaram-se, apesar dos percalços, um patrimônio da população paulista.

Contudo, nos últimos anos, a TV e as rádios Cultura estão passando por um processo de desmonte e privatização, com a degradação de seu caráter público. Esse e outros fatos se destacam:

- mais de mil demissões, entre contratados e prestadores de serviço (PJs);
- extinção de programas (Zoom, Grandes Momentos do Esporte, Vitrine, Cultura Retrô, Login) e tentativa de extinção do Manos e Minas;
- demissão da equipe do Entrelinhas e extinção do programa, sem garantias de que ele seja quadro fixo do Metrópolis;
- aniquilação das equipes da Rádio Cultura e estrangulamento da equipe de jornalismo;
- enfraquecimento da produção própria de conteúdo, inclusive dos infantis;
- entrega, sem critérios públicos, de horários na programação para meios de comunicação privados, como a Folha de S.Paulo;
- cancelamento de contratos de prestação de serviços (TV Justiça, Assembleia e outros);
- doação da pinacoteca e biblioteca;
- sucateamento da cenografia, da marcenaria, de maquinaria e efeitos, além do setor de transportes.

Pela sua composição e formato de indicação, o Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta não tem a independência necessária para defender a Cultura das ações predatórias vindas de sua própria presidência. Mesmo que tivesse, sobre alguns desses pontos o Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta sequer foi consultado.

Não podemos deixar esse patrimônio do povo de São Paulo ser dilapidado, vítima de sucateamento promovido por sucessivas gestões sem compromisso com o interesse público, seriamente agravado na gestão Sayad.

Nesse momento, é preciso afirmar seu caráter público e lutar pelos seguintes pontos:
  • Contra o desmonte geral da rádio e TV Cultura e pela retomada dos programas.
  • Em defesa do pluralismo e da diversidade na programação.
  • Por uma política transparente e democrática para abertura à programação independente, com realização de pitchings e editais.
  • Pela democratização do Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta

ATO CONTRA A PRIVATARIA DA CULTURA:

3 de abril, terça-feira, às 19h
Sindicato dos Engenheiros de São Paulo
Rua Genebra, 25 – Centro (ao lado da Câmara Municipal).


Fonte: Carta Maior.

quinta-feira, 22 de março de 2012

22 de Março: Dia Mundial da Água.



Desde o  ano de 1992, o dia 22 de março foi escolhido pela Organização das Nações como a data para representar o Dia Mundial da Água, com o objetivo de ampliar o debate sobre a utilização desse elemento fundamental a vida. Nesse mesmo ano, a ONU também  divulgou a "Declaração Universal dos Direitos da Água", apresentando uma série de reflexões e medidas práticas para resolver as problemáticas existentes em relação ao mal uso de tal recurso natural.

Água e Segurança Alimentar:

Eis o tema propostao para o ano de 2012, fazendo com que o dia Mundial da Água  tenha pretensão de debater sobre temáticas que vão além da questão da poluição e contaminação da água ou da gradativa dimunuição na oferta de água potável no planeta. Assim, a campanha também pretende fazer uma relevante reflexão sobre a necessidade de assegurar a população o acesso a uma alimentação nutritiva, utilizando produtos que fazem uso menos intensivo ou o desperdício de água. Clique aqui e veja um esquema muito interessante que mostra a quantidade de água utilizada no processo de preparação de alguns itens de consumo geral.

Declaração Universal dos Direitos da Água:

Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta.Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.

Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta.Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.

Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.

Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.

Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.

Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.

Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.

Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.

Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

Site da Campanha: http://www.diamundialdaagua.net  


quarta-feira, 21 de março de 2012

Fruta de xepa



Quantas poesias escrevi?

Quanto tempo eu perdi?

Tantas outras histórias mais bonitas morreram

Nessa nossa competição de insatisfação

 

Do inicio e meio só me lembro do fim

Das noites que passei em claro

Do frio solitário e sofrido da cama vazia

As noites eram minhas e só minhas

 

O perfume enjoativo

As roupas cheias de brilho

Essa coisa emperuada que você virou

Egocentrismo, essa é sua filosofia

 

Você é assim como fruta de xepa

Começa bonita e termina podre

Aquela que qualquer um pega

E ainda paga barato

domingo, 18 de março de 2012

O Partido e Seu Tempo: Os 90 Anos do Partido Comunista do Brasil.


Uma das principais virtudes de um partido político é ter a capacidade de responder aos contínuos desafios do seu tempo, sem ficar em desacordo com os seus princípios teóricos e avaliar as conjunturas do seu tempo histórico, visando defender um avanço político coerente com a sua realidade histórica. E prestes a completar 90 anos de fundação, o Partido Comunista do Brasil, fundado em 25 de março de 1922, é um exemplo vivo dessa virtude e justamente por isso que os idais comunistas permanecem vivos no cenário político brasileiro, sendo referência importante na definição da luta pelo socialismo no país.

Diante tantas décadas, os comunistas foram testemunhas da formação republicana do Estado brasileiro, vivenciando de perto a construção de uma nação que ficou marcada por duas ditaduras, pela conquista da democrática e do voto direto, pela privatização das riquezas nacionais, pelo desmonte do Estado brasileiro, devido aos interesses neoliberais orquestrados pelo imperialismo norte-americano e pela vitória de um presidente de origem proletária e de um novo projeto político para a sociedade brasileira no ínicio do século XXI. Foram décadas de protagonismo político, onde os comunistas, estando na clandestinidade ou não, permaneceram firmes na luta pela emancipação e pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, tendo em vista a construção de um autêntico desenvolvimento social para o povo brasileiro.

Definindo o socialismo como alternativa mais racional no que diz respeito a concepção de uma sociedade justa e igualitária, o partido comunista sempre apresentou suas bandeiras revolucionárias e transformadoras e respondendo as inúmeras problemáticas sociais, avaliando as diretrizes do socialismo ciêntífico de concepção marxista, mas incorporando essa teoria a realidade histórica do Brasil. E por meio de suas análises e motodologias que o Partido Comunista sempre se colocou como vanguarda na luta contra as complexidades e contradições sociais oriundas de um capitalismo que renova as suas formas de dominação e exploração a cada momento de crise.

Contudo, mesmo diante a tantas transformações, a lógica do capital, de maneira alguma, intimidou a ação do Partido Comunista e o tempo foi o principal responsável para que o partido continuasse a lutar pela unidade da classe trabalhadora e pela superação do capitalismo, reafirmando sempre a sua identidade revolucionária e socialista.

São 90 anos de devoção à luta revolucionária, junto aos movimentos sociais, entidades representativas e nos principais espaços políticos institucionalizados. Eis o partido que carrega consigo, uma invejável galeria de heróis do povo, como Luís Carlos Prestes, João Amazônas, Cristiano Cordeiro, Astrojildo Pereira, Gregório Bezerra, Maurício Grabois, Pedro Pomar, Diógenes Arruda Câmara e tantos outros tribunos, que devotaram sangue, suor e lágrimas para construir uma sociedade democrática, popular e igualitária para todos os brasileiros. 

segunda-feira, 12 de março de 2012

12 de Março: 477 Anos de Olinda.


Foi no ano de 1535 que Duarte Coelho, em virtude dos projetos mercantilistas de Portugal nas terras brasileiras, funda a Vila das Sete Colinas, que posteriormente passará a se chamar de Olinda que será o cenário vivo da formação donordeste brasileiro. A história do Brasil se confunde, em muitos aspectos, com a própria história de Olinda, uma vez que, não estamos falando de uma simples vila ou feitoria, e sim, do lugar que foi por muito tempo, o mais importante centro econômico e político da colônia.

Cenário da primeira câmara municipal e da primeira manifestação republicana no Brasil e na América, Olinda,  também foi palco da famosa guerra dos Mascates. Além disso, a cidade também é considerada como Patrimônio Cultural da Humanidade, e Primeira Capital Brasileira da Cultura. Eis uma cidade que encanta, tanto pelas suas belas paisagens, como também pela grandeza da sua história, pela beleza da sua arte e pela a força da sua cultura. Sendo assim, é difícil descordar das palavras de Carlos Pena Filho ao proferir que, "Olinda é só para os olhos; Não se apalpa, é só desejo. Ninguém diz é lá que eu moro; diz somente: É lá que eu vejo". Fica aqui a homenagem do Blog pelos 477 anos da cidade.

domingo, 11 de março de 2012

O Pulso ainda pulsa?



Tenho tantas coisas em minha mente para escrever e ao mesmo tempo estou sem norte. Isso que dá, ficar mais de um ano e meio sem chegar perto de um blog. Fico então me perguntando: Porque um afastamento tão longo das palavras? Quase que instantaneamente recebo as respostas:

  •     Faculdade
  •     Preguiça
  •     Comodismo
  •     Falsa ocupação pessoal

Acho que resumindo, criei um grande padrão na minha vida. “Estou ocupada de mais”, mas para que? Respondo: “Para tudo”. Acho que (não reparem, esse texto será repleto de achismos) eu tinha uma veia que pulsava incansavelmente até que de repente de tanto pulsar ela cansou. Às vezes entramos numa fase onde o que menos queremos é ter motivos para nos cansar, em todos os sentidos, direções e módulos de nossas vidas. Felizmente, acho que essa veia foi reativada em mim.

Não sei vocês, mas eu acredito em astrologia. Acho que deixei minha virginiana (sou aquário com ascendente em virgem) tomar conta de mim de 2009 a 2011, encontro essa ótima explicação, já que os meus anos de aquário são contestadores e inquietos em absolutamente todos os sentidos. A outra explicação é uma grande bobagem, os 20 anos, não é questão de estar mais velha, mas de mudar de fase, afinal vou deixar de ser teen. Mesmo com essa carinha de 12, acreditem, faz um mês que tenho vinte e acho que nem eu estou acreditando muito nisso.  Talvez agora eu tenha percebido o quanto esse ultimo período foi estável de mais para uma teen e que talvez eu devesse continuar pulsando como antes.

Não que tenha sido um período perdido, encontrei minha fé, entrei na faculdade, conheci gente nova, perdi contato com gente velha e por ai vai, mas acho que é hora de retomar algumas coisas, e a veia que pulsa acho que é uma dessas coisas que devem ser retomadas. Como disse recentemente “Estou tentando virar gente”, talvez essa veia tenha voltado a pulsar justamente por eu estar virando gente ou talvez eu tenha medo disso e não saiba. 

No fim das contas acho que escrevi esse texto só para dizer: “Mude, mas não deixe a veia parar de pulsar”.


sexta-feira, 9 de março de 2012

Sexo feminino, sexo forte





[Esta postagem deveria aparecer ONTEM, mas depois de duas tentativas frustradas, por algum problema técnico, não consegui publicar. Por isso segue hoje... antes tarde do que nunca...]
 
Hoje é dia internacional da mulher, então resolvi passar por aqui para deixar minha singela homenagem ao SEXO FORTE. 

Whait WHAT? Simmm! Eu como HOMEM com H Maiúsculo admito: somos o sexo frágil! 

Afinal, o dito macho forte cresceu ouvindo que "Homem não pode chorar", que deve esconder seus sentimentos, e será que não é também isso um tipo de repressão? 

O fato é que as mulheres cresceram suportando preconceitos muito maiores, dores muito mais sérias (são elas que sofrem as dores de parto, lembram?), são vistas como inferiores até hoje na interpretação da maioria das maiores religiões, ganham menos que os homens, menstruam todos os meses, se depilam, andam de salto alto, e estão ai, firmes e fortes, revolucionando o mundo e tomando seu lugar, antes roubados pelos machistas. 



Faço aqui uma homenagem a uma personagem que descobri essa semana. Ela se chamava Dionísia Gonçalves Pinto, e usava o pseudônimo de Nísia Floresta Brasileira Augusta. Nasceu no Rio Grande do Norte em 1810, foi pensadora, escritora, poetisa, educadora e militante feminista. Essa mulher rompeu com a luta por uma causa própria e a estendeu a diferentes grupos minoritários, como índios, negros e escravos.
Casada aos 13 anos, fugiu do casamento e teve de carregar o estigma de “desquitada” a partir daí. Aos 22 anos, publicou um livro que revelou sua precoce maturidade, chamado “Direitos das mulheres e injustiças dos homens”. 

Fiquei espantado com sua biografia e recomendo que todas e todos vocês procurem por mais informações sobre essa heroína. Entre suas reflexões, tive acesso a frases magníficas sobre a condição de mulher frente à supremacia machista. 

Separei duas de suas frases:
“Se cada homem (...) fosse obrigado a declarar o que sente a respeito de nosso sexo, encontraríamos todos de acordo em dizer que nós nascemos para seu uso, (...) reger uma casa, servir, obedecer e aprazer aos nossos amos, isto é, a eles homens.”  (...) “Se este sexo altivo quer fazer-nos acreditar que tem sobre nós um direito natural de superioridade, por que não nos prova o privilégio, que para isso recebeu da Natureza, servindo-se de sua razão para se convencerem?” (Em “Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens”, 1832.)

Finalizo com minha gratidão, e o desejo de que as diferenças entre os gêneros sejam apenas biológicas, e não mais discriminatórias, agressivas e degradantes. Viva a mulher casada, mãe de família. E viva a mulher casada sem filhos, a mulher solteira com filhos, a mulher livre, a mulher dona de si!

quinta-feira, 8 de março de 2012

As mulheres que Freud não explica!

Nunca me esqueço de uma aula há uns 3 anos atrás, enquanto um antigo professor explicava a teoria da interpretação dos sonhos, quando ouvi algo mais ou menos assim: "Freud teve dificuldades em atingir o conteúdo latente das mulheres, pois disse ser um campo obscuro e difícil de ser interpretado." Lógico que a frase não foi exatamente essa, pois minha memória não é tão boa assim, mas a essência da frase eu me lembro...

Já li em alguns escritos de suas obras, teorias que sem querer diferenciavam a mulher de um jeito ou de outro. Nós, mulheres, sabemos o quanto também não nos entendemos. Mas penso que tudo isso não é para dizer que a mulher se diferencia do homem sendo mais complicada, mas sim, sendo a mais misteriosa. Vários sentimentos e emoções que surgem inesperadamente e nem sabemos de onde.
Somos fortes, frágeis, amigas, donas de casa, empresárias, professoras, choronas, alegres, deprimidas, e tudo mais aquilo que alguém possa imaginar. Não temos limites, nos atrevemos a nos re-inventar. Nos permitimos desafios, mesmo com o medo ao nosso lado, pois queremos superação.

Geramos um ser, o qual carregamos por nove meses dentro de nossas barigas, sentimos seus movimentos, choramos com o choro dele, e mudamos de posição, mais uma vez. Tantos papéis, tantas identidades, tantas lutas, sentimentos e mudanças. Uma metamorfose completamente interminável e cheia de surpresas. Nos superamos a cada dia nesse novo mundo. Somos fortes!

Com tantos desejos, emoções e sentimentos entendo a dificuldade de Freud em chegar ao nosso inconsciente. Ele que por si só já é cheio de mistérios, e nos mostra que mais uma vez a mulher pode surpreender! Somos incompreendidas muitas vezes porque temos a facilidade de compreender; somos diminuídas porque nossa força é muito grande.

Sim, as mulheres não sabem o que querem, mas eu prefiro não saber, do que querer uma mesma coisa pro resto de meus dias. Isso é movimento, é vida!

São nossas mães que nos trazem à vida desde pequenos e nos mostram como é o mundo aqui de fora. São elas que nos transmitem o primeiro contanto, o primeiro beijo, o primeiro olhar. É o coração dela que nos acalma quando berramos ao nascer, porque aquele batimento é a primeira coisa que conhecemos nessa vida. É dela que vem a vida! Da mulher!

Freud que me desculpe, mas ele não seria o pai da psicanálise se não houvesse uma mãe por trás disso. E digo mais! Digo que somos as mães da psicanálise! Porque se não fosse as mulheres e suas histerias, hoje não existiriam os divãs...

Parabéns à todas as mulheres que são completamente diversificadas, mas ao mesmo tempo possuem o inconsciente mais impenetrável deste mundo! :)

Porque elas, meus caros, nem Freud soube explicar...

Cenas do Filme "Freud Além da Alma", onde Freud começar a fundamentar sobre o inconsciente estudando o caso de histeria de Cecili.

Abç... Patrícia ( Blog | Twitter )

O Futebol Feminino no Brasil



8 de Março, Dia Internacional da Mulher. A data vem ganhando mais importância a cada ano que se passa, e as mulheres, que antes eram criadas e educadas para servirem a seus maridos, hoje estão brigando ''de igual para igual'' com homens por um emprego, por exemplo. E mais: entre as seis maiores potências do mundo, duas são presididas por mulheres (Alemanha, com Angela Merkel, e Brasil com Dilma Rousseff). Pelo visto, as mulheres atingiram a tão sonhada liberdade e igualdade que os homens desfrutam há muito tempo. Já no campo do esporte, especificamente no futebol, não há muito o que comemorar. O futebol feminino ganhou um enfoque maior do que tinha há uma década atrás, e hoje tem mais prestígio junto a sociedade, o que eliminou, em parte, o preconceito que havia com essa modalidade praticada por mulheres, já que uma das verdades universais há algum tempo atrás era a de que ''futebol é esporte pra homem''. Mas infelizmente, ainda falta muito para as mulheres se igualarem aos homens no mundo do futebol.

Seleção Brasileira de Futebol Feminino, duas pratas em Olimpíadas, diversos títulos continentais e com ótimas jogadoras defendendo a amarelinha. Mas o país parece simplesmente ignorar tais fatos. Mesmo com Marta em grande fase desde 2004, o Brasil não tem uma Liga Feminina de Futebol. Existem times... mas a CBF, que neste caso deveria se responsabilizar por tais competições, não organiza um simples torneio que dure toda a temporada. Pior: um dos grandes times femininos do Brasil, o Santos, fechou a ala feminina de futebol do clube para diminuir as despesas, a fim de conseguir honrar os 3 milhões mensais que Neymar ganha. Isso bem na hora em que o futebol feminino estava engrenando no país. Desculpas não faltam: empresários e investidores reclamam que o investimento feito na modalidade não dá lucro, clubes dizem que o futebol feminino não chama tanto a atenção dos torcedores, que não leva público aos estádios, que o custo do futebol masculino não permite ao clube gastar com ''supérfluos'' como o futebol feminino. Uma pena.

Sereias da Vila: Mesmo ganhando tudo, time feminino foi fechado.

Em consequência disso, nós torcedores, somos obrigados a torcermos pelas nossas mulheres (que muitas vezes demonstram muito mais raça com a amarelinha do que os homens) somente a cada 2 anos, quando há uma Olimpíada, ou Copa do Mundo, já que não podemos vê-las pela televisão regularmente ou nos estádios, pois atuam em países que realmente as valorizam, como Suécia, Suíça, Dinamarca, Japão. E a falta de investimento, somada ao preconceito que ainda existe contra o futebol feminino, resulta em um ciclo vicioso, que precisa ser quebrado o quanto antes, para que a prática se torne tão comum quanto outros esportes, ou até mesmo o futebol masculino.

O Brasil tem a sexta maior economia do mundo, somos ''a bola da vez''. É necessário que uma chance seja dada a todas as meninas que gostam de jogar futebol, e que sonham em defender nossa Seleção. Sem categoria de base, boas jogadoras se tornam raras. Sem incentivo de patrocinadores, fica difícil para os clubes investir nesta área. E sem investimento e publicidade nos meios de comunicação, torcedores não vão se interessar pelo futebol feminino. Sem interesse popular, a CBF não moverá um dedo para criar uma Liga Nacional de Futebol Feminino. E sem isso, nossas jogadoras procurarão clubes na Europa Ou seja: o Brasil é um grande celeiro de boas garotas que jogam futebol. Cabe agora aos clubes, investidores e CBF se unirem para dar uma boa chance para as mulheres brasileiras mostrarem seu valor aqui mesmo, em terras tupiniquins. Caso contrário, continuaremos torcendo pelas nossa garotas apenas de dois em dois anos. Hoje é dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher. No futebol, pelo menos, ainda há muito o que conquistar.

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Maria da Luta

No Dia Internacional da Mulher, é hora de homenagear um dos nossos maiores símbolos de luta: Maria da Penha Fernandes, cearense, farmacêutica, brasileira, mulher e guerreira.

Na década de 80, Maria da Penha levou um tiro de seu então marido, Marco Antônio Heredia Viveiros, enquanto dormia, o que provocou a perda dos movimentos de suas pernas. A violência não parou por aí, o agressor continuou com os atentados e mais uma tentativa de assassinato ocorreu. Era o estopim! Maria conseguiu uma autorização judicial que a permitiu sair de casa levando suas três filhas. Não demorou muito para ela entrar em uma longa e difícil jornada contra seu marido e a favor da justiça e da segurança doméstica.

Cerca de nove anos depois, Marco Antônio foi condenado. Ficou recluso por 2 anos e depois, viu-se livre. O caso ganhou repercussão internacional e indignações diversas. Este foi considerado o primeiro crime de violência doméstica do mundo (formalmente).

Ao lado do Centro pela Justiça pelo Direito Internacional (CEJIL) e do Comitê Latino-Americano de Defesa dos Direitos da Mulher, Maria da Penha encaminhou uma denúncia a OEA. Ao mesmo tempo, teve início um longo processo de discussões no governo federal, impulsionado por ONG'S e coordenado pela Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, que culminou em um projeto de lei encaminhado ao Congresso Nacional.

"Criar mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher [...]}" Introdução da Lei 11340, mais conhecida como Lei Maria da Penha.

Assim, sancionada em 7 de agosto de 2006, pelo ex-presidente Lula, e entrando em vigor em 22 de setembro do mesmo ano, a Lei Maria da Penha formalizou e deu força às mulheres que, assim como a cearense, sofreram e sofrem violências e atentados domésticos.

Maria da Penha tornou-se líder de movimentos em defesa do direitos das mulheres. Uma voz que calou a omissão. Uma voz que não está só. Há muito o que se fazer, há muito pelo que se lutar.

No dia Internacional da Mulher, deixemos claro que não somos só marias, mas Marias das Lutas, dos direitos e das jornadas por equidades nas relações de gêneros!

Viva Maria da Penha, viva os movimentos feministas, viva tod@s aquelas(es) que acreditam e lutam por um mundo justo e livre para tod@s!

Entre na campanha #8demarço. Vamos encher o twitter com a data que simboliza a luta pelo direito das mulheres!

Méle Dornelas

Mulher

Apesar de todas as conquistas das mulheres para adquirir o máximo de igualdade possível, o machismo ainda predomina na sociedade e só quem se faz de cego não vê.
Infelizmente, o Dia Internacional da Mulher ainda é uma hipocrisia. É facil ver homens que agridem suas companheiras verbal ou fisicamente, oferecerem buquês, chocolates e presentes apenas nesse dia.
Não estou dizendo que devem dar presentes todos os dias para suas companheiras. Digo que devem dar respeito à elas! Respeito e carinho, como qualquer ser humano precisa!
Também é muito fácil ver homens que chamam as mulheres de vadias e vagabundas  parabenizando-as dizendo que elas são a razão da vida e blablabla... Que atire a primeira pedra quem nunca fez isso.
O problema é que ainda existem, também, mulheres machistas! Em pleno século 21! Já se foi o tempo que tudo precisava de um rótulo, de um nome! Deixe que sejam!
Por que as mulheres têm de ser femininas e certinhas, não falar palavrão, reprimirem seus pensamentos numa relação? Já se foi o tempo!
Se queremos igualdade, temos que ser iguais e não aceitarmos desaforo de homens e mulheres machistas!
Digo isso porque, diariamente, tenho que ouvir comentários ridículos e machistas em relação à minha preferencia de fotografia nu artístico e meus pensamentos feministas.
Então, pense duas vezes antes de julgar uma mulher por sua roupa, por suas atitudes. Pare de se preocupar com as vidas dos outros e preocupe-se com a sua! Até porque ninguém é perfeito e ninguém tem direito de julgar ninguém!
Pense antes de nos parabenizar pelo nosso dia. Nós não precisamos de falsidade. Nós precisamos de RESPEITO.

por @Belamello
mais fotos aqui!

8 - Várias e únicas

Avós, mães, filhas, netas, amigas, esposas, profissionais;
Tantas são as mulheres, cada uma com seu encanto.
Conseguem ser 10 e ao mesmo tempo únicas!

Feliz dia da Mulher!
Desenho por: @tah_rox

Mulheres que lutam e sonham


Hoje tem sido um dia bastante atribulado para uma mulher que decide - apesar da pressão familiar e social - morar sozinha.
Estou de mudança!

Não queria, todavia, que passasse em branco o dia de hoje que considero demasiado importante para que as mulheres possam ressignificar seu papel ético-político no mundo!

Em 8 de março de 1857 morreram queimadas cerca de 130 mulheres, dentro de uma fábrica nos Estados Unidos, após decretarem greve. Reivindicavam a equiparação salarial com os homens (ganhavam um terço do salário dos homens exercendo a mesma função) e diminuição na jornada de trabalho (que era de 16 horas diárias). 
Esta é, infelizmente, a origem da comemoração do dia internacional da mulher.

Mais de 150 anos se passaram e, nós, mulheres, ainda não recebemos os mesmo salários que os homens, apesar de termos maior escolaridade.
Em uma pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo, em 2008, uma mulher é espancada, no Brasil, a cada 15 segundos.
O machismo persiste, mas com mecanismos bastante refinados pelo nosso modelo econômico neoliberal.

Mobilizemo-nos! A transgressão de mulheres que lutaram por justiça (e foram repreendidas com a vida) vem nos ensinar que gente não pode, nem nunca pôde parar de sonhar (mais do que isso: de lutar!). 


"Nada causa mais horror à ordem que mulheres que lutam e sonham"
José Marti




8 de março: dia internacional da mulher. 
Parabéns para todas nós que não deixamos de sonhar nem só por um segundo.


quarta-feira, 7 de março de 2012

8 de março - Dia Internacional da Mulher

Tenho pra mim que quando o homem percebeu que ele, e todos os demais homens, eram carregados por 9 meses e saiam de dentro das mulheres, resolveu então criar uma história dizendo que a primeira mulher saiu de uma costela do homem.

Tenho ainda a impressão, que ao perceber que a mulher tinha uma capacidade intelectual vinculada a sensibilidade de todos os sentidos, o homem fez com que a força física prevalecesse nas relações.

Penso, cá com meus botões, que para ser superior, enxergando a impossibilidade disso naturalmente, criou-se (e mantem-se)o machismo.
E assim no desenrolar da história, fez-se a luta contra essas bobagens... e aqui estamos.
Amanhã, dia internacional da Mulher, o Zine Pasárgada se carrega para uma homenagem em massa! É só acompanhar! :D Viva as mulheres! Viva a luta das mulheres!

sábado, 3 de março de 2012

O amor (simples assim).


Nossa: quanto tempo não escrevo por aqui!
Faz, se não me engano, uns 5 meses desde a última postagem.
Mas, assim, tenho uma boa desculpa para dar!
Além da correria do trabalho, dos planos de fim de ano, das contas para pagar, da vida para tocar, tenho que ser sincera: parei temporariamente de escrever no blog por causa do amor.
É, ele mesmo: o a-m-o-r.
Nossa, Camila: mas o que é o amor?


 "Meu amor, nossos somos almas gêmeas. Fique comigo para sempre, incondicionalmente!"

"A metadeeee da laranja, dois amantes, dois irmãos"


Opa! não. pára, pára, pára: parou.
Tá certo que eu tenho tendências fortíssimas para a pieguice, mas não é isso.
Conto, então, a minha versão do amor. E já aviso: não tem um final feliz.

Resumidamente, três coisas principais me aconteceram nos últimos meses:
a) decidir ficar sozinha quando as minhas relações amorosas forem fundamentalmente egoístas;   b) férias  e c) uma sede quase insaciável de conhecer o mundo (potencializada pelo item "b").

Num brevíssimo resumo, resolvi passar minhas férias no Uruguai e na Argentina com uma amiga.
Arrisquei-me no improviso em terras desconhecidas: conhecemos pessoas, fomos em lugares simples, nos divertimos com o cotidiano da cultura do outro, tomamos um café gostoso, dormíamos nos parques à tarde. Todas as atividades foram muito bonitas e que não incluíam excessos.
Tudo numa medida importante que me fazia equilibrada e feliz.







Foi então que, muito feliz sozinha, pude encontrar um argentino muito bonito, gentil e apaixonante. Na medida do que eu achava essencial.

O resultado disso foram viagens minhas para Buenos Aires, uma viagem dele para o Brasil no fim do ano.
Desejos, sensações, relações de cuidado,  histórias, planos, visões de mundo, política e viagens.
Uma sensação leve e colorida de ser protagonista de alguma comédia romântica francesa.

Só tinham dois problemas que, depois, me pareceram bem fundamentais: não morávamos num mesmo país e ele estava com passagem comprada para morar seis meses em Londres.

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Fernando Trueba é um diretor de cinema espanhol que participou do programa "Sangue Latino" televisionado semanalmente pelo Canal Brasil. (o link aqui !)
Lá pelo 16:50 minutos da gravação ele dá a definição dele sobre amor.
Diz Trueba:

"Eu acredito um pouco no amor, sim. 
Mas como acredito na paixão e no desejo.
O amor é um conceito muito confuso. 
É como o conceito da felicidade.
Acho que é melhor não utilizar conceitos confusos, não servem para conversar, só servem para confundir.

Ao se dizer " te amo" para alguém corre-se o risco de estar dizendo uma estupidez, uma maldade ou uma mentira.
Seria mais justo dizer "Eu te desejo" ou "não vá embora" ou "me faça carinho mais meia hora" ou coisas mais concretas. 
Coisas que o cérebro humano consiga entender. 
O amor é um conceito que foge de mim.

Além disso as pessoas têm a teoria que o amor é uma paixão de quando se gosta de uma pessoa e a quer só para si mesmo, como uma propriedade.
Tem algo de possessivo, destruidor nisso e acho doentio.
E acho que foi uma doença inoculada em nós e da qual o ser humano, no seu caminho para o futuro, terá que se libertar, rescrever, transformar e aperfeiçoar.
O que é o amor?
O amor deveria ser querer que a pessoa que se ama seja feliz e passe bons momentos. 
Com você ou sem você.

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No último dia em que estivemos juntos o tempo estava nublado em Buenos Aires.
Ficamos mudos por quase 20 minutos só nos olhando. 
Eu o ajudava na mudança da sua casa e ele se preparava para deixar parte do seu passado rumo ao inesperado de uma vida em outro continente.
Eu planejava mudar de casa para morar sozinha, vender o apartamento que comprei quando era noiva e viajar muito durante este ano.
Nós dois estamos com 28 anos e, concluo, que decidimos nascer.

Com todo o desejo que sentimos naqueles lindos dias em que fizemos aulas de tango e tomamos vinhos argentinos, resolvemos não fazer planos para um futuro que ainda não tinha solo.
Não combinamos de nos encontrar em Londres. Não fizemos juras de amor desesperadas.

E porque não estávamos nos tratando como propriedades durante esse pequeno e intenso tempo em que estivemos compartilhando bons momentos, desejei a ele céu e ele me desejou mar.

Desejamos uma vida feliz a nós mesmo, antes de qualquer coisa.

fim.