Ed Wert
Desilusão e Esperança
Cresceram juntas
Alguma ausência
Carência
Perder a inocência
Que algum tempo depois
Descobre-se temível
Às vezes dói
Inventar
A felicidade.
Encontrar-se
Diante de um oceano chamado:
Nada.
A razão
Perdi, achei
É assim quase sempre
Quando algo
Dolorosamente se desfaz
É assim quando algo
Refaz-me lindamente
A eterna emoção
Precipita-se na razão
Que clama emoção
Não importa...
Eu quero ser feliz.
Zine Pasárgada foi um Fanzine cultural e educacional que se propôs divulgar os mais diversos tipos de expressões artísticas e os mais variados assuntos.
O jornal Pasárgada teve 3 edições impressas e distribuídas na cidade de Piracicaba/SP e está guardado, junto com outras idéias, no limbo da falta de tempo e dinheiro.
O blog retomou a proposta do Zine e abriu espaço para diversidade de idéias e de expressões.
Hoje o blog acompanha o jornal e as atividades estão encerradas.
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sexta-feira, 8 de julho de 2011
domingo, 3 de julho de 2011
África
Querem extirpar meu clitóris
e arrancar o meu prazer,
dizendo: "menina, não chores!
Prometemos, não vai doer."
Querem tirar-me a liberdade
censurando as coisas que digo.
Escondem-me toda a verdade
mas sempre juram ser amigos.
E me colocam tantos medos,
não parar nunca de julgar.
Agora apontaram-me o dedo:
"O inferno é o seu lugar."
Mas um dia vieram deuses
entoando uma cantiga:
"Que se fodam os seus algozes,
e vá viver a sua vida."
(Ou:
Acabei pois por deduzir
e agora ninguém mais me engana,
a África é mesmo aqui
e eu resisto sendo profana.)
---
Julia - http://meusfigos.blogspot.com
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Dor
Ed Wert
Dor?
Não deveria combinar com amor
É simples
Amor não deveria trazer dor
Nem mesmo amores sem destino.
Dor fulgurante
intensas e rápidas.
Dor referida
de onde vem pra onde vai?
Dor surda
não é forte nem aguda – dor cansada.
Dor terebrante
sensação de perfuração.
Mas diz, quem nunca foi perfurado?
Então é assim,
Ficamos com dor hoje
E sem amanhã
Até que um dia ela volta
De repente
Que não é tão de repente assim…
Dor?
Não deveria combinar com amor
É simples
Amor não deveria trazer dor
Nem mesmo amores sem destino.
Dor fulgurante
intensas e rápidas.
Dor referida
de onde vem pra onde vai?
Dor surda
não é forte nem aguda – dor cansada.
Dor terebrante
sensação de perfuração.
Mas diz, quem nunca foi perfurado?
Então é assim,
Ficamos com dor hoje
E sem amanhã
Até que um dia ela volta
De repente
Que não é tão de repente assim…
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Formatação
Ed Wert
Uma certa saudade
É o que eu sinto
De você
Já, tão cedo
Como a luz da manhã
Fico feliz
A vida terna
Eterno momento
Isso!
Sente que a vida é bela
Que está em você
E você nela
Então, divirta-se...
Amores
Maldades
Amar
Traz saudades
É surpresa
Sabemos o que virá?
Fica bem, fica feliz...
Uma certa saudade
É o que eu sinto
De você
Já, tão cedo
Como a luz da manhã
Fico feliz
A vida terna
Eterno momento
Isso!
Sente que a vida é bela
Que está em você
E você nela
Então, divirta-se...
Amores
Maldades
Amar
Traz saudades
É surpresa
Sabemos o que virá?
Fica bem, fica feliz...
sábado, 11 de junho de 2011
Só dez por cento é mentira.

Ontem, 10.06, foi o "Dia da Língua Portuguesa".
Tal dia foi escolhido por ser a data de falecimento de Luiz Vaz de Camões, um dos maiores poetas portugueses, é celebrado neste dia, também, o "Dia de Portugal".
E para homenageá-la, estou deixando por aqui a dica de um documentário que narra a "desbiografia" de um do maiores poetas em Língua Portuguesa que este país já viu.
[Deixarei de lado os portugueses, falaremos da Língua Portuguesa Brasileira]
A poesia de Manoel de Barros foi descoberta quando ele contava com 73 anos, Millôr Fernandes o lançou para a grande mídia nos anos 80 e disse: "Nasce um poeta aos 73 anos". Descoberta tardia, mas que não o impediu de se tornar um dos escritores mais lidos do Brasil.
O documentário SÓ DEZ POR CENTO É MENTIRA é a "desbiografia" oficial do poeta, uma vez que ele sempre se negou a falar de sua poesia na mídia, sequer deu entrevistas gravadas, apenas aceitou ser entrevistado por escrito, o filme é um presente para nós, é um mergulho nos versos do poeta, na sua vida e nas pessoas que o inspirou e as muitas e muitas que foram por ele inspiradas.
Quando nos deparamos com o título dado ao documentário, logo relacionamos ao que é o gênero documentário mesmo, uma vez que não há como tudo ser 100% verdade, porém, temos uma surpresa ao notar que, na verdade, o título é uma referência a como o poeta fala de sua poesia: "Noventa por cento do que eu escrevo é invenção, só dez por cento é mentira".
Fazer um documentário sobre ele não poderia ter sido uma idéia melhor, sua poesia é muito visual, nós a criamos através de imagens, ela nos incorpora [e isto não é exagero].
Além do "ser desbiografado" [já que quase tudo é invenção], a fotografia, trilha sonora e a maneira como é construído o argumento do filme, não deixam a desejar em nenhum momento. Para mim, virou um "filme de cabeceira", daqueles que temos que assistir sempre. Mesmo que você não seja lá muito fã de poesia, não deixe de assistir este documentário que mereceu os prêmios que ganhou.
Só Dez Por Cento é Mentira ganhou os prêmios de melhor documentário longa-metragem do II Festival Paulínia de Cinema 2009 e os prêmios de melhor direção de longa-metragem documentário e melhor filme documentário longametragem do V Fest Cine Goiânia 2009.
Não se poderia homenagear a NOSSA Língua Portuguesa de melhor maneira.
[Maria Fernanda] SOM ALTERNA e .poegrafar
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Espirante
Ed Wert
O tempo
Passou por aqui
Deixou um beijo
Um fim
E se foi num torvelim
Eu pensava
Vem e me devora
Nada me faz jurar
A vida
Um momento
Você!
Me devora ardentemente
Mas ela sabe arder...
O tempo
Passou por aqui
Deixou um beijo
Um fim
E se foi num torvelim
Eu pensava
Vem e me devora
Nada me faz jurar
A vida
Um momento
Você!
Me devora ardentemente
Mas ela sabe arder...
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Já não é mais
Ed Wert
Já não é mais
Enganar o que se faz
Já não é mais
A questão de ser capaz
Impedir de ser feliz
Solitude meu rapaz
Fugir do amor que o atingiu
Já não é mais
Aproximar-se e sorrir
Já não é mais
Liberdade que alucina
O sujeito circunspeto
A mão encarnada
Já não é mais
Drogas, sexo e Rock and Roll
O que preocupa
É desamor
Já não é mais
O instinto quem faz
Já não é mais
Saberemos jamais...
.
Já não é mais
Enganar o que se faz
Já não é mais
A questão de ser capaz
Impedir de ser feliz
Solitude meu rapaz
Fugir do amor que o atingiu
Já não é mais
Aproximar-se e sorrir
Já não é mais
Liberdade que alucina
O sujeito circunspeto
A mão encarnada
Já não é mais
Drogas, sexo e Rock and Roll
O que preocupa
É desamor
Já não é mais
O instinto quem faz
Já não é mais
Saberemos jamais...
.
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Pasárgada
Por Julia Bastos
.
E a verdade é que a utopia de uma ideal-Pasárgada é parte de todos nós. A vontade da fuga quando a realidade se mostra difícil por demais. É o querer adentrar o mundo das idéias (o tal de Platão), deixando o dos sentidos pra trás. Infelizmente, é o tipo de sentimento que acaba gerando resignação.
O pessimismo, que deveria ser impulso para motivação por fazer algo, por tentativas de mudança, acaba se distorcendo em acomodação diante do que está posto, e não vendo, obviamente, as coisas se transformarem, gera o desejo pela fuga.
Seja isso bom ou ruim, e creio eu que seja bom, a Pasárgada idealizada por Manuel (ou seu eu-lírico, que seja), é inexistente. E, talvez, a real Pasárgada seja o que de fato temos: um "nada de extraordinário". É necessário aprender a lidar com isso. Sem fuga, sem medo, com luta e afinco. Eis aqui, por todos os lados, ela. Não é necessário ir embora...
.
Julia é a cabecinha por trás do Meus Figos
Blogueira, estudante e pessimista nas horas vagas.
.
"Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura"
E a verdade é que a utopia de uma ideal-Pasárgada é parte de todos nós. A vontade da fuga quando a realidade se mostra difícil por demais. É o querer adentrar o mundo das idéias (o tal de Platão), deixando o dos sentidos pra trás. Infelizmente, é o tipo de sentimento que acaba gerando resignação.
O pessimismo, que deveria ser impulso para motivação por fazer algo, por tentativas de mudança, acaba se distorcendo em acomodação diante do que está posto, e não vendo, obviamente, as coisas se transformarem, gera o desejo pela fuga.
Seja isso bom ou ruim, e creio eu que seja bom, a Pasárgada idealizada por Manuel (ou seu eu-lírico, que seja), é inexistente. E, talvez, a real Pasárgada seja o que de fato temos: um "nada de extraordinário". É necessário aprender a lidar com isso. Sem fuga, sem medo, com luta e afinco. Eis aqui, por todos os lados, ela. Não é necessário ir embora...
.
Julia é a cabecinha por trás do Meus Figos
Blogueira, estudante e pessimista nas horas vagas.
Começamos!
Agora é pra valer. A volta do Zine Pasárgada está confirmada, com tudo!
O retorno, à primeira postagem e à proposta de mudar, foi muito positivo e, mais uma vez, confirmei o carinho pelo blog (que agradeço de novo).
Somos até o momento 7 blogueiros, unidos por aqui, autônomos e em grupo.
Aos poucos as caras vão aparecendo e nossa proposta toma corpo!
Então, recomeçamos! Amanhã já tem postagem...e que seja assim por muito tempo.
E, para possíveis futuros interessados, leiam o post anterior e comuniquem-se com a gente!
=)
.
Para marcar esse momento, relembro a primeira postagem do blog, que foi o editorial do Jornal impresso (idéia inicial do Zine), em agosto de 2007:
"O Zine Pasárgada nasceu de uma vontade e de uma necessidade. A vontade era fazer movimento influente e participativo na cultura literária, cinematográfica, quadrinística, musical, entre tantas. Um movimento que chamasse atenção e fosse produtivo e que ao mesmo tempo agradasse aos olhos e aos intelectos.
A necessidade era de fazer o mesmo movimento, mas que nesse processo existisse espaço para incluir “sangue novo”. Para fugir do vício dos espaços que gotejam sempre as mesmas idéias, personagens e opiniões.
Eis então Pasárgada! Um espaço alternativo de divulgação de idéias, pessoas, tendências, estilos, parceiros... Sem pretensão de ser um jornal, sem diminuir a importância de um Fanzine...
Que sejamos todos os protagonistas deste momento."
Amém!
é sempre uma satisfação!
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Impossível

O IMPOSSÍVEL é uma palavra... Uma palavra que inventaram para qualificar algo que ninguém tentou antes e que, por isso, todo mundo pensava que era impossível... É talvez a expressão mais utilizada em qualquer língua do planeta, atrás apenas de SEXO, SIM e CUIDADO...
Voar? IMPOSSÍVEL... Transplante de coração? IMPOSSÍVEL...
Galileu deve ter ouvido um monte de impossíveis na vida...
Eu digo com toda a certeza, meus amigos, que IMPOSSÍVEL foi uma palavra criada num domingo à tarde, na frente da TV, por alguém com preguiça de pegar um copo d'água para a própria mulher...
Desde então, tornou-se um mantra na boca de acomodados, chatos, quadrados, obtusos, tristonhos e preguiçosos em geral...
O IMPOSSÍVEL é apenas um lugar aonde ninguém ainda foi, mas que está de portas abertas para quem tiver coragem de entrar...
O gol de chapéu que Pelé fez na final da Copa do Mundo em 1958 morava no IMPOSSÍVEL... "Imagine", de John Lennon, também morava lá, até que, anos atrás, ele sentou ao piano e compôs uma canção sobre renovação, paz e sobre o poder de conquistar o IMPOSSÍVEL...
"Ah", você vai dizer, "mas isso é coisa de gênio!".
E eu lhe respondo que os flamingos voam doze mil quilômetros, da Ásia à América do Norte, todos os anos, para procriar, e voltam, nunca soube de um flamingo gênio e eles fazem o que muita gente chama de IMPOSSÍVEL...
Da próxima vez que disserem que isso ou aquilo é IMPOSSÍVEL, fale sobre Lennon, sobre Pelé, sobre os flamingos, sobre o escambau, mas não deixe de tentar...
Quando disserem que o amor é IMPOSSÍVEL, que a paz é IMPOSSÍVEL, não dê ouvidos. O IMPOSSÍVEL transforma as pessoas em chatos, faz você se sentir mais velho, mais gordo, mais triste e, de repente, num belo dia você acha que tomar cerveja com os amigos é IMPOSSÍVEL...
.
Texto retirado da internet, autor desconhecido - Publicado no Zine Pasárgada, 2ª edição impressa e resgatado pela força da conveniência.
.
é sempre uma enorme satisfação.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Pequeno Mapa do Tempo
Belchior
.
Eu tenho medo e medo está por fora! O medo anda por dentro do teu coração...
Eu tenho medo de que chegue a hora, em que eu precise entrar no avião.
Eu tenho medo de abrir a porta, que dá pro sertão da minha solidão.
Apertar o botão: cidade morta!
Placa torta indicando a contramão...
Faca de ponta e meu punhal que corta,
E o fantasma escondido no porão.
Medo, medo. medo, medo, medo, medo
Eu tenho medo que Belo Horizonte, eu tenho medo que Minas Gerais...
Eu tenho medo que Natal, Vitória,
Eu tenho medo Goiânia, Goiás,
Eu tenho medo Salvador, Bahia,
Eu tenho medo Belém do Pará.
Eu tenho medo pai, filho, Espírito Santo, São Paulo.
Eu tenho medo... eu tenho C eu digo A
Eu tenho medo um Rio, um Porto Alegre, um Recife,
Eu tenho medo Paraíba, medo Paranapá,
Eu tenho medo Estrela do Norte, paixão, morte é certeza!
Medo Fortaleza, medo Ceará
Medo, medo. medo, medo, medo, medo
Eu tenho medo e já aconteceu. Eu tenho medo e inda está por vir.
Morre o meu medo! E isto não é segredo: Eu mando buscar outro lá no Piauí!
Medo, o meu boi morreu, o que será de mim?
Manda buscar outro, maninha, no Piauí!
.
O gênio, fanhoso, poeta!
por ora, não me tragam mais medo.
.
Eu tenho medo e medo está por fora! O medo anda por dentro do teu coração...
Eu tenho medo de que chegue a hora, em que eu precise entrar no avião.
Eu tenho medo de abrir a porta, que dá pro sertão da minha solidão.
Apertar o botão: cidade morta!
Placa torta indicando a contramão...
Faca de ponta e meu punhal que corta,
E o fantasma escondido no porão.
Medo, medo. medo, medo, medo, medo
Eu tenho medo que Belo Horizonte, eu tenho medo que Minas Gerais...
Eu tenho medo que Natal, Vitória,
Eu tenho medo Goiânia, Goiás,
Eu tenho medo Salvador, Bahia,
Eu tenho medo Belém do Pará.
Eu tenho medo pai, filho, Espírito Santo, São Paulo.
Eu tenho medo... eu tenho C eu digo A
Eu tenho medo um Rio, um Porto Alegre, um Recife,
Eu tenho medo Paraíba, medo Paranapá,
Eu tenho medo Estrela do Norte, paixão, morte é certeza!
Medo Fortaleza, medo Ceará
Medo, medo. medo, medo, medo, medo
Eu tenho medo e já aconteceu. Eu tenho medo e inda está por vir.
Morre o meu medo! E isto não é segredo: Eu mando buscar outro lá no Piauí!
Medo, o meu boi morreu, o que será de mim?
Manda buscar outro, maninha, no Piauí!
.
O gênio, fanhoso, poeta!
por ora, não me tragam mais medo.
domingo, 9 de maio de 2010
I've Just Seen a Face
Beatles
.
I've just seen a face I can't forget the time or place where we just met,
She's just the girl for me and I want all the world to see we've met.
Had it been another day I might have looked the other ways and,
I'd have never been aware but as it is I'll dream of her tonight.
Falling, yes I'm falling,
And she keeps calling me back again.
I have never known the like of this I've been alone and I have,
Missed things and kept out of sight for other girl we're never quite like this.
Falling, yes I'm falling,
And she keeps calling me back again.
I've just seen a face I can't forget the time or place where we just met,
She's just the girl for me and I want all the world to see we've met.
Mm mm da da
Falling, yes I'm falling,
And she keeps calling me back again.
Oh, falling, yes I'm falling,
And she keeps calling me back again.
.
inevitável satisfação...
.
I've just seen a face I can't forget the time or place where we just met,
She's just the girl for me and I want all the world to see we've met.
Had it been another day I might have looked the other ways and,
I'd have never been aware but as it is I'll dream of her tonight.
Falling, yes I'm falling,
And she keeps calling me back again.
I have never known the like of this I've been alone and I have,
Missed things and kept out of sight for other girl we're never quite like this.
Falling, yes I'm falling,
And she keeps calling me back again.
I've just seen a face I can't forget the time or place where we just met,
She's just the girl for me and I want all the world to see we've met.
Mm mm da da
Falling, yes I'm falling,
And she keeps calling me back again.
Oh, falling, yes I'm falling,
And she keeps calling me back again.
.
inevitável satisfação...
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Samba Tristeza
Minha Filosofia
Aluísio Machado
Vai passar,
Esse meu mal estar,
Esse nó na garganta.
Deixe estar...
O próprio tempo dirá.
Água demais mata a planta!
Tudo que é muito, é demais.
Peço: me perdoe a redundância.
Entrelinhas só quero lembrar,
Que a terra fértil um dia se cansa!
É uma questão de esperar...
Relógio que atrasa não adianta,
E o remédio que cura,
Também pode matar.
Como água demais mata a planta!
.
É o Samba!
Que dureza...
Aluísio Machado
Vai passar,
Esse meu mal estar,
Esse nó na garganta.
Deixe estar...
O próprio tempo dirá.
Água demais mata a planta!
Tudo que é muito, é demais.
Peço: me perdoe a redundância.
Entrelinhas só quero lembrar,
Que a terra fértil um dia se cansa!
É uma questão de esperar...
Relógio que atrasa não adianta,
E o remédio que cura,
Também pode matar.
Como água demais mata a planta!
.
É o Samba!
Que dureza...
domingo, 21 de março de 2010
Mudanças
Por L.F. Veríssmo
E tudo mudou...
O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss
O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib, que virou silicone...
A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento
A escova virou chapinha
'Problemas de moça' viraram TPM
Confete virou MM
A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou musse
Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal...
Ninguém mais vê...
Ping-Pong virou Babaloo
O a-la-carte virou self-service
A tristeza, depressão
O espaguete virou miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão
O que era praça virou shopping...
A areia virou ringue
A caneta virou teclado
O long play virou CD
A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis
O álbum de fotos agora é mostrado por email...
O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
E do 'não' não se tem medo
O break virou street
O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também
O forró de sanfona ficou eletrônico
Fortificante não é mais Biotônico...
Bicicleta virou Bis
Polícia e ladrão virou Counter Strike
Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato
Chico sumiu da FM e TV...
Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita ?
Gal virou fênix
Raul e Renato,
Cássia e Cazuza,
Lennon e Elvis,
Todos anjos
Agora só tocam lira...
A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência esta coisa maldita!
A maconha é calmante
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz...
.
.. de tudo.
Inclusive de notar essas diferenças.
.
é tudo verdade...
estamos melhores ou piores?
aí já são outros 500, não?
.
satisfação
E tudo mudou...
O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss
O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib, que virou silicone...
A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento
A escova virou chapinha
'Problemas de moça' viraram TPM
Confete virou MM
A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou musse
Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal...
Ninguém mais vê...
Ping-Pong virou Babaloo
O a-la-carte virou self-service
A tristeza, depressão
O espaguete virou miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão
O que era praça virou shopping...
A areia virou ringue
A caneta virou teclado
O long play virou CD
A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis
O álbum de fotos agora é mostrado por email...
O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
E do 'não' não se tem medo
O break virou street
O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também
O forró de sanfona ficou eletrônico
Fortificante não é mais Biotônico...
Bicicleta virou Bis
Polícia e ladrão virou Counter Strike
Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato
Chico sumiu da FM e TV...
Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita ?
Gal virou fênix
Raul e Renato,
Cássia e Cazuza,
Lennon e Elvis,
Todos anjos
Agora só tocam lira...
A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência esta coisa maldita!
A maconha é calmante
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz...
.
.. de tudo.
Inclusive de notar essas diferenças.
.
é tudo verdade...
estamos melhores ou piores?
aí já são outros 500, não?
.
satisfação
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Quase sem querer
a letra dessa música nunca me fez tanto sentido... pega aí!
.
Tenho andado distraído, impaciente e indeciso...
E ainda estou confuso,só que agora é diferente:
Estou tão tranquilo e tão contente.
Quantas chances desperdicei, quando o que eu mais queria era provar pra todo o mundo que eu não precisava provar nada pra ninguém.
Me fiz em mil pedaços pra você juntar...
E queria sempre achar explicação pro que eu sentia.
Como um anjo caído fiz questão de esquecer que mentir pra si mesmo
é sempre a pior mentira.
Mas não sou mais tão criança a ponto de saber tudo.
Já não me preocupo se eu não sei porquê...
Às vezes o que eu vejo quase ninguém vê...
E eu sei que você sabe, quase sem querer, que eu vejo o mesmo que você.
Tão correto e tão bonito, o infinito é realmente um dos deuses mais lindos.
Sei que às vezes uso palavras repetidas, mas quais são as palavras que nunca são ditas?
Me disseram que você estava chorando...
E foi então que percebi como lhe quero tanto.
Já não me preocupo se eu não sei porquê...
Às vezes o que eu vejo quase ninguém vê...
E eu sei que você sabe, quase sem querer, que eu quero o mesmo que você.
.
.
.
satisfação.
.
Tenho andado distraído, impaciente e indeciso...
E ainda estou confuso,só que agora é diferente:
Estou tão tranquilo e tão contente.
Quantas chances desperdicei, quando o que eu mais queria era provar pra todo o mundo que eu não precisava provar nada pra ninguém.
Me fiz em mil pedaços pra você juntar...
E queria sempre achar explicação pro que eu sentia.
Como um anjo caído fiz questão de esquecer que mentir pra si mesmo
é sempre a pior mentira.
Mas não sou mais tão criança a ponto de saber tudo.
Já não me preocupo se eu não sei porquê...
Às vezes o que eu vejo quase ninguém vê...
E eu sei que você sabe, quase sem querer, que eu vejo o mesmo que você.
Tão correto e tão bonito, o infinito é realmente um dos deuses mais lindos.
Sei que às vezes uso palavras repetidas, mas quais são as palavras que nunca são ditas?
Me disseram que você estava chorando...
E foi então que percebi como lhe quero tanto.
Já não me preocupo se eu não sei porquê...
Às vezes o que eu vejo quase ninguém vê...
E eu sei que você sabe, quase sem querer, que eu quero o mesmo que você.
.
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satisfação.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Brigitte Bardot
a saudade é um trem de metrô,
subterrâneo, obscuro, escuro, claro...
é um trem de metrô
a saudade é prego parafuso,
quanto mais aperta, tanto mais difícil arrancar...
a saudade é um filme sem cor,
que meu coração quer ver colorido...
a saudade é uma colcha velha,
que cobriu um dia numa noite fria nosso amor em brasa...
a saudade é Brigitte Bardot,
acenando com a mão num filme muito antigo.
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Zeca Baleiro
subterrâneo, obscuro, escuro, claro...
é um trem de metrô
a saudade é prego parafuso,
quanto mais aperta, tanto mais difícil arrancar...
a saudade é um filme sem cor,
que meu coração quer ver colorido...
a saudade é uma colcha velha,
que cobriu um dia numa noite fria nosso amor em brasa...
a saudade é Brigitte Bardot,
acenando com a mão num filme muito antigo.
.
Zeca Baleiro
domingo, 12 de abril de 2009
Da Economia do Tempo
"Podes me indicar alguém que dê valor ao seu tempo, valorize o seu dia, entenda que se morre diariamente? Nisso, pois, falhamos: pensamos que a morte é coisa do futuro, mas parte dela já é coisa do passado. Qualquer tempo que já passou pertence à morte."
Sêneca - Cartas a Lucílio 64 d.C.
satisfação.
Sêneca - Cartas a Lucílio 64 d.C.
satisfação.
domingo, 24 de agosto de 2008
Comentários a respeito de John
Saia do meu caminho,
eu prefiro andar sozinho.
Deixem que eu decida a minha vida.
Não preciso que me digam de que lado nasce o sol,
por que bate lá meu coração...
Sonho e escrevo em letras grandes (de novo) pelos muros do país:
João, o tempo andou mexendo com a gente sim!
John, eu não esqueço, a felicidade é uma arma quente...
Saia do meu caminho,
eu prefiro andar sozinho.
Deixem que eu decida a minha vida.
Não preciso que me digam de que lado nasce o sol
por que bate lá meu coração...
Sob a luz do teu cigarro na cama,
teu rosto-rouge, teu batom me diz:
João, o tempo andou mexendo com a gente sim!
John, eu não esqueço a felicidade é uma arma quente, quente, quente.
(Belchior, o inefável)
eu prefiro andar sozinho.
Deixem que eu decida a minha vida.
Não preciso que me digam de que lado nasce o sol,
por que bate lá meu coração...
Sonho e escrevo em letras grandes (de novo) pelos muros do país:
João, o tempo andou mexendo com a gente sim!
John, eu não esqueço, a felicidade é uma arma quente...
Saia do meu caminho,
eu prefiro andar sozinho.
Deixem que eu decida a minha vida.
Não preciso que me digam de que lado nasce o sol
por que bate lá meu coração...
Sob a luz do teu cigarro na cama,
teu rosto-rouge, teu batom me diz:
João, o tempo andou mexendo com a gente sim!
John, eu não esqueço a felicidade é uma arma quente, quente, quente.
(Belchior, o inefável)
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
é
é
a gente quer valer o nosso amor
a gente quer valer nosso suor
a gente quer valer o nosso humor
a gente quer do bom e do melhor
a gente quer carinho e atenção
a gente quer calor no coração
a gente quer suar, mas de prazer
a gente quer é ter muita saúde
a gente quer viver a liberdade
a gente quer viver felicidade
é
a gente não tem cara de panaca!
a gente não tem jeito de babaca!
a gente não está com a bunda exposta na janela pra passar a mão nela!
é
a gente quer viver pleno direito
a gente quer viver todo respeito
a gente quer viver uma nação
a gente quer é ser um cidadão...
http://www.gonzaguinha.com.br/
a gente quer valer o nosso amor
a gente quer valer nosso suor
a gente quer valer o nosso humor
a gente quer do bom e do melhor
a gente quer carinho e atenção
a gente quer calor no coração
a gente quer suar, mas de prazer
a gente quer é ter muita saúde
a gente quer viver a liberdade
a gente quer viver felicidade
é
a gente não tem cara de panaca!
a gente não tem jeito de babaca!
a gente não está com a bunda exposta na janela pra passar a mão nela!
é
a gente quer viver pleno direito
a gente quer viver todo respeito
a gente quer viver uma nação
a gente quer é ser um cidadão...
http://www.gonzaguinha.com.br/
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