[Esta postagem deveria aparecer ONTEM, mas depois de duas tentativas frustradas, por algum problema técnico, não consegui publicar. Por isso segue hoje... antes tarde do que nunca...]
Hoje é dia internacional da mulher, então resolvi passar por aqui para deixar minha singela homenagem ao SEXO FORTE.
Whait WHAT? Simmm! Eu como HOMEM com H Maiúsculo admito: somos o sexo frágil!
Afinal, o dito macho forte cresceu ouvindo que "Homem não pode chorar", que deve esconder seus sentimentos, e será que não é também isso um tipo de repressão?
O fato é que as mulheres cresceram suportando preconceitos muito maiores, dores muito mais sérias (são elas que sofrem as dores de parto, lembram?), são vistas como inferiores até hoje na interpretação da maioria das maiores religiões, ganham menos que os homens, menstruam todos os meses, se depilam, andam de salto alto, e estão ai, firmes e fortes, revolucionando o mundo e tomando seu lugar, antes roubados pelos machistas.
Faço aqui uma homenagem a uma personagem que descobri essa semana. Ela se chamava Dionísia Gonçalves Pinto, e usava o pseudônimo de Nísia Floresta Brasileira Augusta. Nasceu no Rio Grande do Norte em 1810, foi pensadora, escritora, poetisa, educadora e militante feminista. Essa mulher rompeu com a luta por uma causa própria e a estendeu a diferentes grupos minoritários, como índios, negros e escravos.
Casada aos 13 anos, fugiu do casamento e teve de carregar o estigma de “desquitada” a partir daí. Aos 22 anos, publicou um livro que revelou sua precoce maturidade, chamado “Direitos das mulheres e injustiças dos homens”.
Fiquei espantado com sua biografia e recomendo que todas e todos vocês procurem por mais informações sobre essa heroína. Entre suas reflexões, tive acesso a frases magníficas sobre a condição de mulher frente à supremacia machista.
Separei duas de suas frases:
“Se cada homem (...) fosse obrigado a declarar o que sente a respeito de nosso sexo, encontraríamos todos de acordo em dizer que nós nascemos para seu uso, (...) reger uma casa, servir, obedecer e aprazer aos nossos amos, isto é, a eles homens.” (...) “Se este sexo altivo quer fazer-nos acreditar que tem sobre nós um direito natural de superioridade, por que não nos prova o privilégio, que para isso recebeu da Natureza, servindo-se de sua razão para se convencerem?” (Em “Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens”, 1832.)
Finalizo com minha gratidão, e o desejo de que as diferenças entre os gêneros sejam apenas biológicas, e não mais discriminatórias, agressivas e degradantes. Viva a mulher casada, mãe de família. E viva a mulher casada sem filhos, a mulher solteira com filhos, a mulher livre, a mulher dona de si!
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