Caros amigos do Rei, não escrevi “piratas” errado. No decorrer desse texto você entenderá que esse título é a expressão exata de cenas reais rodadas nessa terra Tupiniquim. Adiantando: não tem nada a ver com o Capital Jack Sparrow!
Primeiramente, agradeçam a Deus (ou a Alah, ou a Jah, ou a Santa Internet, ou ainda ao grande e misterioso nada que veremos após a morte) por estar lendo esse texto, pois aqui na blogosfera e em Pasárgada nossa opinião não tem “rabo preso” com nenhum patrocinador!
O autor do livro de hoje foi vencedor por três vezes do prêmio Esso de jornalismo e por quatro vezes do prêmio Vladimir Herzog. Trata-se do jornalista Amaury Ribeiro Jr.
A “A Privataria Tucana” traz um case emblemático de como o dinheiro público pode servir de alavanca para alienar patrimônio público em favor de interesses privados.
O livro é resultado da reportagem investigativa de Amaury Jr. e trata-se da venda (ou doação) do patrimônio público e lavagem de dinheiro que ocorreram nesta terra Tupiniquim quando FHC (Fernando Henrique Cardoso) era presidente.
Independentemente da opinião de cada um sobre privatizações, sobre a eficácia ou ineficácia do Estado ao gerir os bens públicos. Percebemos no livro que o modelo de privatização que assolou o Brasil nos anos FHC não foi o mais adequado aos interesses dos habitantes dessa terra Tupiniquim.
A desestatização à brasileira foi o jeito Tucano de torrar estatais com a doação de empresas a preços baixos e a poucos grupos empresariais. Deixando os ricos brasileiros mais ricos.
Pagamos para vender nossas empresas. Com a venda da Vale, Embraer, Usiminas, Copesul, CSN, Light, Acesita e as ferrovias o governo FHC afirmava ter arrecadado R$ 85,2 bilhões e o jornalista econômico Aloysio Biondi publicava em seu Best seller O Brasil Privatizado,que o Brasil gastou R$ 87,6 bilhões com essas empresas, portanto R$ 2,4 bilhões a mais do que recebera.
Só para se ter uma ideia, em 1998, vendemos por R$ 22 bilhões todo o sistema de telefonia do Brasil, a Telebrás. É uma quantia tão impressionante quanto a que a União investira na Telebrás nos dois anos e meio anteriores à privatização: R$ 21 bilhões.
O livro acusa e prova, por meio de documentos públicos, a corrupção da alta cúpula tucana. Nele está comprovado que o ex-tesoureiro das campanhas do PSDB (Ricardo Sérgio de Oliveira) recebeu propina de um dos vencedores no leilão da privatização da Telebrás, Carlos Jereissati, irmão do ex-senador, Tarso Jereissati PSDB/CE.
Ricardo Sérgio de Oliveira foi o único diretor do (BB) Banco do Brasil por indicação política. Serra, quando Ministro o nomeou como diretor da área internacional do BB, com objetivo de facilitar a concessão de empréstimos às empresas, para que as mesmas pudessem participar de consórcios para compra das estatais. Foi usando a influência do cargo de diretor do BB que Ricardo articulou, manobrou e formatou os consórcios de empresas para arrematar estatais durante os anos dourados da privataria.
Assim o dinheiro público financiava a alienação das empresas públicas. A gratidão dos arrematadores nos leilões expressava-se zelosamente nas campanhas eleitorais do PSDB por meio de doações.
Entre os arrematadores das empresas públicas, destaca-se Daniel Dantas e sua irmã, Verônica Dantas, sócia da filha de Serra (Verônica Serra).
A Empresa das “dondocas” em 2000 tinha um capital de R$ 10 mil. Neste mesmo ano recebeu do Caribe R$ 1,8 milhão e no ano seguinte R$ 3,5 milhões. Em 2002 atingia mais de R$ 7 milhões em patrimônio.
A mágica de “multiplicação dos ovos de ouro” da filha de Serra deixa no chinelo o crescimento do patrimônio do Palocci. Aliás, o PIG (Partido da Imprensa Golpista) derrubou sete ministros do governo Dilma por muito menos. Os jornais martelavam diariamente as acusações até a queda.
O esquema da Privataria tucana era complexo. Em síntese, o dinheiro saia do Brasil por doleiros e ia para paraísos ficais (ilhas do Caribe). Do Caribe o dinheiro era espalhado por contas de empresas em bancos americanos (para dificultar o rastreamento), essas empresas por sua vez, investiam em empresas brasileiras, comprando cotas de sociedade.
Mesmo esquema utilizado por Paulo Maluf e Fernandinho Beira Mar.
São denúncias graves. A quantia surrupiada daria para criar uma biblioteca em cada escola desta terra Tupiniquim e o PIG está escondendo, nos mostrando de modo escancarado e comovente que sua alma é serrista.
O PIG que ao longo dos últimos meses, em nome da moralidade pública e do combate à corrupção, vem veiculando calúnias, denúncias falsas e sem provas (como as que derrubaram o ministro Orlando Silva). Diante de uma reportagem ampla e rigorosa (um trabalho de 10 anos), recheada de provas e envolvendo desvio de bilhões de reais, silencia ou tenta desqualificar a acusação.
O autor, em recente debate sobre o tema, esclarece o comportamento do PIG: “Se CPI for aberta, vou avisar que o que está no livro é pequeno. Vai chegar à sociedade a forma como a editora de uma grande revista e veículos de comunicação tiveram dívidas perdoadas depois das privatizações".
A mídia brasileira não tem o direito de continuar fazendo de conta que não viu a rapinagem organizada que devastou os bens do Estado nos anos 1990 e começo da década seguinte. A sua obrigação é manter o brasileiro informado, afinal o Estado lhe deu uma concessão com a finalidade de prestação de serviço à população. Mas ao contrario disso, estamos sendo ludibriados.
A CPI da privataria nem iniciou os trabalhos e já estou até sentindo o cheiro de pizza, pois o sistema de doleiros e paraísos fiscais utilizados pela cúpula tucana, foi utilizado por todos os partidos políticos, incluindo o PT. Aliás, foi essa a razão de ter terminado em pizza a CPI do Banestado.
Como diz o ditado: quem cala consente. O PIG já consentiu. E você, vai ficar aí calado?
Aproveite que você é “amigo do Rei”! Entre nessa luta! Não requer prática nem experiência. Basta seguir os 6 passos do “manual do revolucionário do século XXI”:
1º Compartilhe e curta esse link nas redes sociais;
2º Compre o livro, ou baixe aqui;
3º Leia o mesmo;
4º Crie um evento no FaceBook “Ato contra a privataria tucana”;
5º Compareça ao evento criado.
6º Repita o processo até quando não existir mais casos de corrupção no Brasil.
Sou o @bibliotecarioSP, responsável pela biblioteca aqui de Pasárgada.
Zine Pasárgada foi um Fanzine cultural e educacional que se propôs divulgar os mais diversos tipos de expressões artísticas e os mais variados assuntos.
O jornal Pasárgada teve 3 edições impressas e distribuídas na cidade de Piracicaba/SP e está guardado, junto com outras idéias, no limbo da falta de tempo e dinheiro.
O blog retomou a proposta do Zine e abriu espaço para diversidade de idéias e de expressões.
Hoje o blog acompanha o jornal e as atividades estão encerradas.
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