Os professores de São Paulo estão em greve. Pedem melhorias nas condições de trabalho, pedem mais segurança e um reajuste salarial de 34%.
Por que?
São Paulo é o estado mais rico da Federação. A segunda maior arrecadação do país, ficando atrás somente da União, o governo Federal.
Em contrapartida, é o estado com os piores resultados na educação básica.
É o estado que paga o menor valor hora/aula para os professores de ensino fundamental 2 e médio.
Tem salas lotadas, com até 60 alunos, e há, desde algum tempo, uma política de redução de salas e fechamento de escolas (os governos Alckimin e Serra fecharam cerca de 50 escolas estaduais).
Está sendo colocada em prática a municipalização da educação básica, onde o governo abre mão de qualquer responsabilidade sobre a educação, apenas repassa as minguadas verbas para os municípios e deixa esses com o rojão.
Qual o resultado disso a curto, médio e longo prazo?
Um estado sem educação é um estado submisso, derrotado e sem futuro.
São Paulo já deixou de ser o estado que mais cresce.
Percentualmente, SP já tem produção e economia menores que de Pernambuco (chamado por alguns de nova locomotiva do Brasil).
Professores trabalhando demais, estressados, cansados e improdutivos.
Alunos, percebendo essas situações, ficam desatentos, desinteressados, (por que não?) até violentos.
Com a municipalização, haverá uma disparidade entre os municípios. Educação diferenciada de cidade em cidade. Mais do que isso, o governo pretende desestruturar o sindicato, acabará com a mobilização estadual, pois cada cidade terá sua política educacional, o governo do estado estará isento.
O que tem sido feito?
NADA.
Existem mentiras e medidas, que apenas intensificam os problemas já citados.
José Serra mente quando fala das bibliotecas nas escolas, que permanecem desatualizadas.
Mente quando fala que, no ensino fundamental 1, o estado de SP tem dois professores por sala.
Serra mente quando fala a respeito dos computadores e da internet em todas as escolas.
Há a progressão automática, que há 12 anos corrói a educação paulista e não é sequer discutida pelo governo estadual.
Há truculência e desmandos, há milhares de professores trabalhando sem concurso.
Há medidas enganosas, como bônus, que servem para enganar e mascarar a falta de reajuste.
Há desprezo pelos professores aposentados, que não são incluídos nas políticas de benefícios.
E agora, há um plano de carreira, em que o professor deverá trabalhar por mais de 100 anos, se quiser atingir o topo.
GREVE!
Justa e necessária.
Os professores, legítimos em suas manifestações, estão sendo acusados de manipulação política. Dizem os jornais paulistas e as redes de TV, que a greve (garantida na Constituição) é eleitoreira, para atacar o governador, candidato, José Serra.
Esquecem eles que, no ano passado houve greve, sem nenhum avanço. O que dizer disso?
Esquecem eles que, já em outras anos eleitorais, havia a destruição da educação paulista. São pelo menos 15 anos de desmonte e descaso com a educação no estado, e José Serra conseguiu superar a todos os antecessores, demonstrando intransigência que, se já vista igual, talvez apenas com Mário Covas.
Como resolver?
O governador José Serra se recusa a negociar com os professores.
Não recebe representantes da greve.
Se o governador negociasse, cedesse, a greve acabaria. Acabaria a "pressão eleitoreira" que eles apontam. Mas por que não negocia? Por que não conversa com o movimento de professores?
Mais de 50% dos professores de SP estão parados e o governo diz que o movimento de greve é um fracasso. Não reconhece a greve.
Em cada assembléia os professores reúnem milhares de professores nas ruas. Para diminuir isso, o governo Serra manda seus policiais fazerem barreiras em estradas, para impedir a chegada de ônibus com professores nos locais dos protestos.
Está colocando agentes infiltrados nas assembléias e policiais à paisana nas manifestações, para espionar e provocar distúrbios.
Como o governo de José Serra está lidando com o problema?
Algo parecido com o que faziam os governos militares nos anos negros do nosso país.
Resolvem com força policial.
Líderes políticos, sindicalistas, professores aposentados, professores em atividade: todos tratados como bandidos. Tratados à bala e na base da porrada.
É essa a solução de José Serra para a educação paulista.
.
ele quer ser presidente do país!
Não será!
José Serra, o bandido é você.
.
.
Força companheiros, a luta continua, o inimigo é o mesmo.
Zine Pasárgada foi um Fanzine cultural e educacional que se propôs divulgar os mais diversos tipos de expressões artísticas e os mais variados assuntos.
O jornal Pasárgada teve 3 edições impressas e distribuídas na cidade de Piracicaba/SP e está guardado, junto com outras idéias, no limbo da falta de tempo e dinheiro.
O blog retomou a proposta do Zine e abriu espaço para diversidade de idéias e de expressões.
Hoje o blog acompanha o jornal e as atividades estão encerradas.
quarta-feira, 31 de março de 2010
quinta-feira, 25 de março de 2010
Não existe Aquecimento Global
Para provocar o debate vou reproduzir uma entrevista do Prof. Molion, pesquisador da Universidade Federal de Alagoas, principal defensor e estudioso do "Esfriamento Global", que foi publicada no UOL ciência no final do ano passado:
.
"Não existe aquecimento global", diz representante da OMM na América do Sul
Por Carlos Madeiro Especial para o UOL Ciência e Saúde
Com 40 anos de experiência em estudos do clima no planeta, o meteorologista da Universidade Federal de Alagoas Luiz Carlos Molion apresenta ao mundo o discurso inverso ao apresentado pela maioria dos climatologistas. Representante dos países da América do Sul na Comissão de Climatologia da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Molion assegura que o homem e suas emissões na atmosfera são incapazes de causar um aquecimento global. Ele também diz que há manipulação dos dados da temperatura terrestre e garante: a Terra vai esfriar nos próximos 22 anos.
Em entrevista ao UOL, Molion foi irônico ao ser questionado sobre uma possível ida a Copenhague: “perder meu tempo?” Segundo ele, somente o Brasil, dentre os países emergentes, dá importância à conferência da ONU. O meteorologista defende que a discussão deixou de ser científica para se tornar política e econômica, e que as potências mundiais estariam preocupadas em frear a evolução dos países em desenvolvimento.
UOL: Enquanto todos os países discutem formas de reduzir a emissão de gases na atmosfera para conter o aquecimento global, o senhor afirma que a Terra está esfriando. Por quê?
Luiz Carlos Molion: Essas variações não são cíclicas, mas são repetitivas. O certo é que quem comanda o clima global não é o CO2. Pelo contrário! Ele é uma resposta. Isso já foi mostrado por vários experimentos. Se não é o CO2, o que controla o clima? O sol, que é a fonte principal de energia para todo sistema climático. E há um período de 90 anos, aproximadamente, em que ele passa de atividade máxima para mínima. Registros de atividade solar, da época de Galileu, mostram que, por exemplo, o sol esteve em baixa atividade em 1820, no final do século 19 e no inicio do século 20. Agora o sol deve repetir esse pico, passando os próximos 22, 24 anos, com baixa atividade.
UOL: Isso vai diminuir a temperatura da Terra?
Molion: Vai diminuir a radiação que chega e isso vai contribuir para diminuir a temperatura global. Mas tem outro fator interno que vai reduzir o clima global: os oceanos e a grande quantidade de calor armazenada neles. Hoje em dia, existem boias que têm a capacidade de mergulhar até 2.000 metros de profundidade e se deslocar com as correntes. Elas vão registrando temperatura, salinidade, e fazem uma amostragem. Essas boias indicam que os oceanos estão perdendo calor. Como eles constituem 71% da superfície terrestre, claro que têm um papel importante no clima da Terra. O [oceano] Pacífico representa 35% da superfície, e ele tem dado mostras de que está se resfriando desde 1999, 2000. Da última vez que ele ficou frio na região tropical foi entre 1947 e 1976. Portanto, permaneceu 30 anos resfriado.
UOL: Esse resfriamento vai se repetir, então, nos próximos anos?
Molion: Naquela época houve redução de temperatura, e houve a coincidência da segunda Guerra Mundial, quando a globalização começou pra valer. Para produzir, os países tinham que consumir mais petróleo e carvão, e as emissões de carbono se intensificaram. Mas durante 30 anos houve resfriamento e se falava até em uma nova era glacial. Depois, por coincidência, na metade de 1976 o oceano ficou quente e houve um aquecimento da temperatura global. Surgiram então umas pessoas - algumas das que falavam da nova era glacial - que disseram que estava ocorrendo um aquecimento e que o homem era responsável por isso.
UOL: O senhor diz que o Pacífico esfriou, mas as temperaturas médias Terra estão maiores, segundo a maioria dos estudos apresentados.
Molion: Depende de como se mede.
UOL: Mede-se errado hoje?
Molion: Não é um problema de medir, em si, mas as estações estão sendo utilizadas, infelizmente, com um viés de que há aquecimento.
UOL: O senhor está afirmando que há direcionamento?
Molion: Há. Há umas seis semanas, hackers entraram nos computadores da East Anglia, na Inglaterra, que é um braço direto do IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática], e eles baixaram mais de mil e-mails. Alguns deles são comprometedores. Manipularam uma série para que, ao invés de mostrar um resfriamento, mostrassem um aquecimento.
UOL: Então o senhor garante existir uma manipulação?
Molion: Se você não quiser usar um termo tão forte, digamos que eles são ajustados para mostrar um aquecimento, que não é verdadeiro.
UOL: Se há tantos dados técnicos, por que essa discussão de aquecimento global? Os governos têm conhecimento disso ou eles também são enganados?
Molion: Essa é a grande dúvida. Na verdade, o aquecimento não é mais um assunto científico, embora alguns cientistas se engajem nisso. Ele passou a ser uma plataforma política e econômica. Da maneira como vejo, reduzir as emissões é reduzir a geração da energia elétrica, que é a base do desenvolvimento em qualquer lugar do mundo. Como existem países que têm a sua matriz calcada nos combustíveis fósseis, não há como diminuir a geração de energia elétrica sem reduzir a produção.
UOL: Isso traria um reflexo maior aos países ricos ou pobres?
Molion: O efeito maior seria aos países em desenvolvimento, certamente. Os desenvolvidos já têm uma estabilidade e podem reduzir marginalmente, por exemplo, melhorando o consumo dos aparelhos elétricos. Mas o aumento populacional vai exigir maior consumo. Se minha visão estiver correta, os paises fora dos trópicos vão sofrer um resfriamento global. E vão ter que consumir mais energia para não morrer de frio. E isso atinge todos os países desenvolvidos.
UOL: O senhor, então, contesta qualquer influência do homem na mudança de temperatura da Terra?
Molion: Os fluxos naturais dos oceanos, polos, vulcões e vegetação somam 200 bilhões de emissões por ano. A incerteza que temos desse número é de 40 bilhões para cima ou para baixo. O homem coloca apenas 6 bilhões, portanto a emissões humanas representam 3%. Se nessa conferência conseguirem reduzir a emissão pela metade, o que são 3 bilhões de toneladas em meio a 200 bilhões?Não vai mudar absolutamente nada no clima.
UOL: O senhor defende, então, que o Brasil não deveria assinar esse novo protocolo?
Molion: Dos quatro do bloco do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil é o único que aceita as coisas, que “abana o rabo” para essas questões. A Rússia não está nem aí, a China vai assinar por aparência. No Brasil, a maior parte das nossas emissões vem da queimadas, que significa a destruição das florestas. Tomara que nessa conferência saia alguma coisa boa para reduzir a destruição das florestas.
UOL: Mas a redução de emissões não traria nenhum benefício à humanidade?
Molion: A mídia coloca o CO2 como vilão, como um poluente, e não é. Ele é o gás da vida. Está provado que quando você dobra o CO2, a produção das plantas aumenta. Eu concordo que combustíveis fósseis sejam poluentes. Mas não por conta do CO2, e sim por causa dos outros constituintes, como o enxofre, por exemplo. Quando liberado, ele se combina com a umidade do ar e se transforma em gotícula de ácido sulfúrico e as pessoas inalam isso. Aí vêm os problemas pulmonares.
UOL: Se não há mecanismos capazes de medir a temperatura média da Terra, como o senhor prova que a temperatura está baixando?
Molion: A gente vê o resfriamento com invernos mais frios, geadas mais fortes, tardias e antecipadas. Veja o que aconteceu este ano no Canadá. Eles plantaram em abril, como sempre, e em 10 de junho houve uma geada severa que matou tudo e eles tiveram que replantar. Mas era fim da primavera, inicio de verão, e deveria ser quente. O Brasil sofre a mesma coisa. Em 1947, última vez que passamos por uma situação dessas, a frequência de geadas foi tão grande que acabou com a plantação de café no Paraná.
UOL: E quanto ao derretimento das geleiras?
Molion: Essa afirmação é fantasiosa. Na realidade, o que derrete é o gelo flutuante. E ele não aumenta o nível do mar.
UOL: Mas o mar não está avançando?
Molion: Não está. Há uma foto feita por desbravadores da Austrália em 1841 de uma marca onde estava o nível do mar, e hoje ela está no mesmo nível. Existem os lugares onde o mar avança e outros onde ele retrocede, mas não tem relação com a temperatura global.
UOL: O senhor viu algum avanço com o Protoclo de Kyoto?
Molion: Nenhum. Entre 2002 e 2008, se propunham a reduzir em 5,2% as emissões e até agora as emissões continuam aumentando. Na Europa não houve redução nenhuma. Virou discursos de políticos que querem ser amigos do ambiente e ao mesmo tempo fazer crer que países subdesenvolvidos ou emergentes vão contribuir com um aquecimento. Considero como uma atitude neocolonialista.
UOL: O que a convenção de Copenhague poderia discutir de útil para o meio ambiente?
Molion: Certamente não seriam as emissões. Carbono não controla o clima. O que poderia ser discutido seria: melhorar as condições de prever os eventos, como grandes tempestades, furacões, secas; e buscar produzir adaptações do ser humano a isso, como produções de plantas que se adaptassem ao sertão nordestino, como menor necessidade de água. E com isso, reduzir as desigualdades sociais do mundo.
UOL: O senhor se sente uma voz solitária nesse discurso contra o aquecimento global?
Molion: Aqui no Brasil há algumas, e é crescente o número de pessoas contra o aquecimento global. O que posso dizer é que sou pioneiro. Um problema é que quem não é a favor do aquecimento global sofre retaliações, têm seus projetos reprovados e seus artigos não são aceitos para publicação. E eles [governos] estão prejudicando a Nação, a sociedade, e não a minha pessoa.
.
e vai também o vídeo do Vulcão Piñantudo, feito pelo professor Herbis (contato dele no vídeo), que é auto explicativo:
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Pra quem quiser baixar um dos ótimos textos do Professor Molion e saber mais do assunto, é só clicar aqui.
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uma aquecida satisfação.
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"Não existe aquecimento global", diz representante da OMM na América do Sul
Por Carlos Madeiro Especial para o UOL Ciência e Saúde
Com 40 anos de experiência em estudos do clima no planeta, o meteorologista da Universidade Federal de Alagoas Luiz Carlos Molion apresenta ao mundo o discurso inverso ao apresentado pela maioria dos climatologistas. Representante dos países da América do Sul na Comissão de Climatologia da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Molion assegura que o homem e suas emissões na atmosfera são incapazes de causar um aquecimento global. Ele também diz que há manipulação dos dados da temperatura terrestre e garante: a Terra vai esfriar nos próximos 22 anos.
Em entrevista ao UOL, Molion foi irônico ao ser questionado sobre uma possível ida a Copenhague: “perder meu tempo?” Segundo ele, somente o Brasil, dentre os países emergentes, dá importância à conferência da ONU. O meteorologista defende que a discussão deixou de ser científica para se tornar política e econômica, e que as potências mundiais estariam preocupadas em frear a evolução dos países em desenvolvimento.
UOL: Enquanto todos os países discutem formas de reduzir a emissão de gases na atmosfera para conter o aquecimento global, o senhor afirma que a Terra está esfriando. Por quê?
Luiz Carlos Molion: Essas variações não são cíclicas, mas são repetitivas. O certo é que quem comanda o clima global não é o CO2. Pelo contrário! Ele é uma resposta. Isso já foi mostrado por vários experimentos. Se não é o CO2, o que controla o clima? O sol, que é a fonte principal de energia para todo sistema climático. E há um período de 90 anos, aproximadamente, em que ele passa de atividade máxima para mínima. Registros de atividade solar, da época de Galileu, mostram que, por exemplo, o sol esteve em baixa atividade em 1820, no final do século 19 e no inicio do século 20. Agora o sol deve repetir esse pico, passando os próximos 22, 24 anos, com baixa atividade.
UOL: Isso vai diminuir a temperatura da Terra?
Molion: Vai diminuir a radiação que chega e isso vai contribuir para diminuir a temperatura global. Mas tem outro fator interno que vai reduzir o clima global: os oceanos e a grande quantidade de calor armazenada neles. Hoje em dia, existem boias que têm a capacidade de mergulhar até 2.000 metros de profundidade e se deslocar com as correntes. Elas vão registrando temperatura, salinidade, e fazem uma amostragem. Essas boias indicam que os oceanos estão perdendo calor. Como eles constituem 71% da superfície terrestre, claro que têm um papel importante no clima da Terra. O [oceano] Pacífico representa 35% da superfície, e ele tem dado mostras de que está se resfriando desde 1999, 2000. Da última vez que ele ficou frio na região tropical foi entre 1947 e 1976. Portanto, permaneceu 30 anos resfriado.
UOL: Esse resfriamento vai se repetir, então, nos próximos anos?
Molion: Naquela época houve redução de temperatura, e houve a coincidência da segunda Guerra Mundial, quando a globalização começou pra valer. Para produzir, os países tinham que consumir mais petróleo e carvão, e as emissões de carbono se intensificaram. Mas durante 30 anos houve resfriamento e se falava até em uma nova era glacial. Depois, por coincidência, na metade de 1976 o oceano ficou quente e houve um aquecimento da temperatura global. Surgiram então umas pessoas - algumas das que falavam da nova era glacial - que disseram que estava ocorrendo um aquecimento e que o homem era responsável por isso.
UOL: O senhor diz que o Pacífico esfriou, mas as temperaturas médias Terra estão maiores, segundo a maioria dos estudos apresentados.
Molion: Depende de como se mede.
UOL: Mede-se errado hoje?
Molion: Não é um problema de medir, em si, mas as estações estão sendo utilizadas, infelizmente, com um viés de que há aquecimento.
UOL: O senhor está afirmando que há direcionamento?
Molion: Há. Há umas seis semanas, hackers entraram nos computadores da East Anglia, na Inglaterra, que é um braço direto do IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática], e eles baixaram mais de mil e-mails. Alguns deles são comprometedores. Manipularam uma série para que, ao invés de mostrar um resfriamento, mostrassem um aquecimento.
UOL: Então o senhor garante existir uma manipulação?
Molion: Se você não quiser usar um termo tão forte, digamos que eles são ajustados para mostrar um aquecimento, que não é verdadeiro.
UOL: Se há tantos dados técnicos, por que essa discussão de aquecimento global? Os governos têm conhecimento disso ou eles também são enganados?
Molion: Essa é a grande dúvida. Na verdade, o aquecimento não é mais um assunto científico, embora alguns cientistas se engajem nisso. Ele passou a ser uma plataforma política e econômica. Da maneira como vejo, reduzir as emissões é reduzir a geração da energia elétrica, que é a base do desenvolvimento em qualquer lugar do mundo. Como existem países que têm a sua matriz calcada nos combustíveis fósseis, não há como diminuir a geração de energia elétrica sem reduzir a produção.
UOL: Isso traria um reflexo maior aos países ricos ou pobres?
Molion: O efeito maior seria aos países em desenvolvimento, certamente. Os desenvolvidos já têm uma estabilidade e podem reduzir marginalmente, por exemplo, melhorando o consumo dos aparelhos elétricos. Mas o aumento populacional vai exigir maior consumo. Se minha visão estiver correta, os paises fora dos trópicos vão sofrer um resfriamento global. E vão ter que consumir mais energia para não morrer de frio. E isso atinge todos os países desenvolvidos.
UOL: O senhor, então, contesta qualquer influência do homem na mudança de temperatura da Terra?
Molion: Os fluxos naturais dos oceanos, polos, vulcões e vegetação somam 200 bilhões de emissões por ano. A incerteza que temos desse número é de 40 bilhões para cima ou para baixo. O homem coloca apenas 6 bilhões, portanto a emissões humanas representam 3%. Se nessa conferência conseguirem reduzir a emissão pela metade, o que são 3 bilhões de toneladas em meio a 200 bilhões?Não vai mudar absolutamente nada no clima.
UOL: O senhor defende, então, que o Brasil não deveria assinar esse novo protocolo?
Molion: Dos quatro do bloco do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil é o único que aceita as coisas, que “abana o rabo” para essas questões. A Rússia não está nem aí, a China vai assinar por aparência. No Brasil, a maior parte das nossas emissões vem da queimadas, que significa a destruição das florestas. Tomara que nessa conferência saia alguma coisa boa para reduzir a destruição das florestas.
UOL: Mas a redução de emissões não traria nenhum benefício à humanidade?
Molion: A mídia coloca o CO2 como vilão, como um poluente, e não é. Ele é o gás da vida. Está provado que quando você dobra o CO2, a produção das plantas aumenta. Eu concordo que combustíveis fósseis sejam poluentes. Mas não por conta do CO2, e sim por causa dos outros constituintes, como o enxofre, por exemplo. Quando liberado, ele se combina com a umidade do ar e se transforma em gotícula de ácido sulfúrico e as pessoas inalam isso. Aí vêm os problemas pulmonares.
UOL: Se não há mecanismos capazes de medir a temperatura média da Terra, como o senhor prova que a temperatura está baixando?
Molion: A gente vê o resfriamento com invernos mais frios, geadas mais fortes, tardias e antecipadas. Veja o que aconteceu este ano no Canadá. Eles plantaram em abril, como sempre, e em 10 de junho houve uma geada severa que matou tudo e eles tiveram que replantar. Mas era fim da primavera, inicio de verão, e deveria ser quente. O Brasil sofre a mesma coisa. Em 1947, última vez que passamos por uma situação dessas, a frequência de geadas foi tão grande que acabou com a plantação de café no Paraná.
UOL: E quanto ao derretimento das geleiras?
Molion: Essa afirmação é fantasiosa. Na realidade, o que derrete é o gelo flutuante. E ele não aumenta o nível do mar.
UOL: Mas o mar não está avançando?
Molion: Não está. Há uma foto feita por desbravadores da Austrália em 1841 de uma marca onde estava o nível do mar, e hoje ela está no mesmo nível. Existem os lugares onde o mar avança e outros onde ele retrocede, mas não tem relação com a temperatura global.
UOL: O senhor viu algum avanço com o Protoclo de Kyoto?
Molion: Nenhum. Entre 2002 e 2008, se propunham a reduzir em 5,2% as emissões e até agora as emissões continuam aumentando. Na Europa não houve redução nenhuma. Virou discursos de políticos que querem ser amigos do ambiente e ao mesmo tempo fazer crer que países subdesenvolvidos ou emergentes vão contribuir com um aquecimento. Considero como uma atitude neocolonialista.
UOL: O que a convenção de Copenhague poderia discutir de útil para o meio ambiente?
Molion: Certamente não seriam as emissões. Carbono não controla o clima. O que poderia ser discutido seria: melhorar as condições de prever os eventos, como grandes tempestades, furacões, secas; e buscar produzir adaptações do ser humano a isso, como produções de plantas que se adaptassem ao sertão nordestino, como menor necessidade de água. E com isso, reduzir as desigualdades sociais do mundo.
UOL: O senhor se sente uma voz solitária nesse discurso contra o aquecimento global?
Molion: Aqui no Brasil há algumas, e é crescente o número de pessoas contra o aquecimento global. O que posso dizer é que sou pioneiro. Um problema é que quem não é a favor do aquecimento global sofre retaliações, têm seus projetos reprovados e seus artigos não são aceitos para publicação. E eles [governos] estão prejudicando a Nação, a sociedade, e não a minha pessoa.
.
e vai também o vídeo do Vulcão Piñantudo, feito pelo professor Herbis (contato dele no vídeo), que é auto explicativo:
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Pra quem quiser baixar um dos ótimos textos do Professor Molion e saber mais do assunto, é só clicar aqui.
.
uma aquecida satisfação.
segunda-feira, 22 de março de 2010
Comentários!
Queridos,
estou testando uma ferramenta de contagem de acessos ao blog e estou me surpreendendo; realmente esse blog tem um número de leitores que eu não imaginava!
em breve faço um post com as estatísticas e as curiosidades das visitas, mas antes quero falar sobre os Comentários.
Eu já sabia que eles não refletiam o número de acessos e que a maioria que visitava não comentava mesmo (povo apressado, sabe como é?)... em alguns posts, os mais populares, o número de comentários explodia: 15, 10, 5... nos mais "normais" 4 no máximo, 3 as vezes... 2, 1...
Agora, uma coisa que ainda não tinha recebido por aqui eram os comentários SPAM!
Ou sei lá o que, mas acabo de reparar na bizarrice de um comentário...
eis o dito:
オナニー
逆援助
フェラチオ
ソープ
逆援助
出張ホスト
手コキ
おっぱい
フェラチオ
中出し
セックス
デリヘル
包茎
逆援
性欲
e então?
que porra é essa? hein?
e olha que é um comentário num post sobre política partidária (logo abaixo)!
vai saber não?
.
bem, na verdade, se quiser saber o que é, basta abrir o Google Translator aí no seu computador, colar o comentário acima e pedir para traduzir de Japonês para Português!
Por sua conta e risco, ok?!
.
acho que até dá pra entender porque esse comentário estava num texto de Política Partidária!
.
satisfação.
estou testando uma ferramenta de contagem de acessos ao blog e estou me surpreendendo; realmente esse blog tem um número de leitores que eu não imaginava!
em breve faço um post com as estatísticas e as curiosidades das visitas, mas antes quero falar sobre os Comentários.
Eu já sabia que eles não refletiam o número de acessos e que a maioria que visitava não comentava mesmo (povo apressado, sabe como é?)... em alguns posts, os mais populares, o número de comentários explodia: 15, 10, 5... nos mais "normais" 4 no máximo, 3 as vezes... 2, 1...
Agora, uma coisa que ainda não tinha recebido por aqui eram os comentários SPAM!
Ou sei lá o que, mas acabo de reparar na bizarrice de um comentário...
eis o dito:
オナニー
逆援助
フェラチオ
ソープ
逆援助
出張ホスト
手コキ
おっぱい
フェラチオ
中出し
セックス
デリヘル
包茎
逆援
性欲
e então?
que porra é essa? hein?
e olha que é um comentário num post sobre política partidária (logo abaixo)!
vai saber não?
.
bem, na verdade, se quiser saber o que é, basta abrir o Google Translator aí no seu computador, colar o comentário acima e pedir para traduzir de Japonês para Português!
Por sua conta e risco, ok?!
.
acho que até dá pra entender porque esse comentário estava num texto de Política Partidária!
.
satisfação.
domingo, 21 de março de 2010
Mudanças
Por L.F. Veríssmo
E tudo mudou...
O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss
O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib, que virou silicone...
A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento
A escova virou chapinha
'Problemas de moça' viraram TPM
Confete virou MM
A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou musse
Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal...
Ninguém mais vê...
Ping-Pong virou Babaloo
O a-la-carte virou self-service
A tristeza, depressão
O espaguete virou miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão
O que era praça virou shopping...
A areia virou ringue
A caneta virou teclado
O long play virou CD
A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis
O álbum de fotos agora é mostrado por email...
O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
E do 'não' não se tem medo
O break virou street
O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também
O forró de sanfona ficou eletrônico
Fortificante não é mais Biotônico...
Bicicleta virou Bis
Polícia e ladrão virou Counter Strike
Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato
Chico sumiu da FM e TV...
Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita ?
Gal virou fênix
Raul e Renato,
Cássia e Cazuza,
Lennon e Elvis,
Todos anjos
Agora só tocam lira...
A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência esta coisa maldita!
A maconha é calmante
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz...
.
.. de tudo.
Inclusive de notar essas diferenças.
.
é tudo verdade...
estamos melhores ou piores?
aí já são outros 500, não?
.
satisfação
E tudo mudou...
O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss
O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib, que virou silicone...
A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento
A escova virou chapinha
'Problemas de moça' viraram TPM
Confete virou MM
A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou musse
Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal...
Ninguém mais vê...
Ping-Pong virou Babaloo
O a-la-carte virou self-service
A tristeza, depressão
O espaguete virou miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão
O que era praça virou shopping...
A areia virou ringue
A caneta virou teclado
O long play virou CD
A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis
O álbum de fotos agora é mostrado por email...
O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
E do 'não' não se tem medo
O break virou street
O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também
O forró de sanfona ficou eletrônico
Fortificante não é mais Biotônico...
Bicicleta virou Bis
Polícia e ladrão virou Counter Strike
Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato
Chico sumiu da FM e TV...
Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita ?
Gal virou fênix
Raul e Renato,
Cássia e Cazuza,
Lennon e Elvis,
Todos anjos
Agora só tocam lira...
A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência esta coisa maldita!
A maconha é calmante
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz...
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.. de tudo.
Inclusive de notar essas diferenças.
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é tudo verdade...
estamos melhores ou piores?
aí já são outros 500, não?
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satisfação
sábado, 20 de março de 2010
quinta-feira, 18 de março de 2010
sexta-feira, 12 de março de 2010
Cartunista Glauco é assassinado em Osasco/SP
Na madrugada de hoje, foi assassinado o cartunista Glauco e seu filho Raoni, de 25 anos.
Essa brutalidade que nos levou mais um grande artista deve ser punida, mas o que faremos com a insegurança e a possibilidade de que ocorra novamente, com qualquer pessoa?
E os outros tantos casos que ocorrem sem parar em SP?
É preciso uma discussão urgente sobre a segurança pública paulista que vai de mau a pior.
Nosso governador, que pela lei é o responsável pela segurança, está fazendo campanha eleitoral pelo Brasil...
Estava em Salvador e em Recife no carnaval e agora viaja pelo interior do estado.
Alguma preocupação com os casos?
Ele ainda quer ser presidente do país.
Não, obrigado.
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Publico aqui algumas manifestações e homenagens ao grande Glauco. Para ver todas as homenagens acesse o Blog do Universo HQ.
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Conselho Consultivo do Salão Internacional de Humor de Piracicaba
A violência em São Paulo, mais uma vez, mata e empobrece a cultura brasileira. Aos 53 anos, no auge de sua produção artística, morre assassinado por assaltantes em sua casa o cartunista paranaense Glauco Villas-Boas.
Glauco, como era conhecido, foi descoberto pelo jornalista José Hamilton Ribeiro, então diretor do Diário da Manhã, em Ribeirão Preto, interior paulista. Lá começou a publicar suas tiras cômicas.
Mas foi na 4ª edição do Salão Internacional de Humor de Piracicaba, em 1977, ao conquistar um dos prêmios, que Glauco foi projetado no cenário artístico brasileiro e internacional. Com seu imenso talento, criatividade, estilo único e, em especial, humor inteligente baseado no comportamento da nossa sociedade, que Glauco saltou, ainda no mesmo ano, para as páginas da Folha de S.Paulo.
Em 1984, a mesma Folha abriu espaço diário para a nova geração de cartunistas brasileiros. Glauco estava entre eles e, assim, ficou conhecido em todo o País. Surgiram seus principais personagens: Geraldão, Zé do Apocalipse, Dona Marta, Doy Jorge, Casal Neuras, Geraldinho e outros.
Multimídia, também era músico e se apresentava em bandas de rock. Integrou a equipe de redatores do TV Pirata e do TV Colosso, programas da TV Globo. Publicou livros de humor.
Em plena Era Digital, Glauco continuava fiel à prancheta, desenhando à mão com nanquim. Usava o computador apenas para colorir os trabalhos, depois de escanear cada um deles.
Glauco registrou, a cada momento, as transformações pelas quais passou o mundo, o Brasil. Era um profundo conhecedor e critico da alma humana, mas sempre de maneira bem-humorada, provocando reflexões.
O Brasil e o mundo perdem um de seus maiores cartunistas.
Restam, diante de mais esta tragédia, as perguntas:
- Senhores governantes, até quando?
- Quantas vidas ainda faltam para que seja colocado um basta na violência?
Ricardo Viveiros e Zélio Alves Pinto, respectivamente, presidente e vice-presidente do Conselho Consultivo do Salão Internacional de Piracicaba
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as artes publicadas são de Ed Carlos Joaquim, Alan Corrêa, Marcos Miller e Rafael Rosa, retirados do Blog do UHQ.
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